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Tubarão-touro é encontrado por pescadores em Limoeiro do Ajuru

Segundo os populares, o animal media por volta de 1,20 metros e pesava cerca de 30 quilos

Gabriel Pires

Pescadores do município de Limoeiro do Ajuru, localizado no sudeste paraense, encontraram nesta segunda-feira (8), um tubarão-touro na baía do Marapatá, que fica nas proximidades do rio Piquiatuba. Segundo os populares, o animal media por volta de 1,20 metros e pesava cerca de 30 quilos. As informações foram divulgadas, por meio do Gazeta do Pará. 

As imagens que circulam pelas redes sociais mostram o animal com algumas regiões marcadas por sangue. Até o momento, não há maiores informações sobre a motivação da morte do animal. E até mesmo se o tubarão ainda tentou atacar algum popular que estava nas proximidades. 

O incidente não é inédito nessa área. Recentemente, um tubarão da mesma espécie foi encontrado e capturado na localidade de Mapiraí, que fica no município de Cametá.

Biólogo explica a predominância da captura de tubarões

O biólogo Bruno Prudente, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) de Capitão Poço,  explica que a causa do aparecimento pode estar associada à maré alta, fazendo com que os animais se desloquem, como uma estratégia de conseguir recursos. Ele destaca ainda que a maioria dos animais avistados são tubarões pequenos e jovens e, avaliando apenas as fotos do animal encontrado em Limoeiro do Ajuru, ele diz que pode ser da espécie Charcarinus leucas.

“Na foz desses rios, a gente tem uma produtividade muito alta. Consequentemente, muito peixe. E esses indivíduos sobem e tendem a utilizar essa entrada na boca do rio para se alimentar. Essas espécies têm um papel fundamental no equilíbrio da dinâmica ecológca”, explicou Bruno.

Apesar de moradores encontrarem esses animais na região, Bruno diz que eles não oferecem nenhum perigo específico à população. Para o biólogo, o risco de se entrar em uma água que tem tubarão está ligado ao fato de que o tubarão associa a presença humana à presa, que, comumente, ele está acostumado a consumir.

“Ele confunde aquilo como um peixe ou com alguma outra presa e acaba oferecendo esse risco pra gente. Mas, não vejo como um risco iminente o fato do tubarão ter sido capturado no rio. Ainda mais nesta região em que a subida desses indivíduos tende a ocorrer com menor frequência, do que o encontro com esses animais em águas salgadas”, afirmou.

(Gabriel Pires, estagiário sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, João Thiago Dias)

Pará