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Pará teve mais mortes do que nascimentos em 2020, aponta pesquisa do IBGE

Pesquisa de Estatísticas do Registro Civil do IBGE mostra um dos reflexos da pandemia de covid-19 no estado

O Liberal

Segundo a Pesquisa de Estatísticas do Registro Civil do IBGE, foi registrado um total de 130.743 nascimentos e 45.055 óbitos no estado do Pará no ano de 2020. Os dados de nascimento do estado foram os mais baixos comparados com os quatro anos anteriores: 2019 (142.455), 2018 (146.124), 2017 (141407) e 2016 (143.533). Na região nasceram mais homens (66.866) do que mulheres (63.855) em 2020, cuja maioria das mães possui entre 20 e 24 anos de idade.

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Quando se fala de óbitos, o estado do Pará alcançou a maior quantidade de pessoas falecidas desde os quatro anos anteriores, indo de 35.860 óbitos registrados em 2019 para 45.055 em 2020, cuja maior parte ocorreu nos hospitais (29.979) e nos próprios domicílios (10.889). Esse aumento do número de óbitos se deve principalmente por conta da pandemia de covid-19, que ocasionou o falecimento de muitas pessoas, especialmente pessoas idosas ou com comorbidades.

Comparando com os dados a nível nacional, verificou-se que o Pará acompanhou a tendência nacional, visto que no Brasil, o número de nascimentos caiu 4,7%, enquanto que o de óbitos cresceu 14,9%, um total de 195.965 mortes a mais que em 2019.

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No ano de 2020, as mulheres brasileiras tiveram menos filhos. Verificou-se que houve queda em todas as regiões, sendo superior à média nacional nas regiões Norte (-6,8%) e Nordeste (-5,3%). Entre as Unidades da Federação, o Amapá teve a maior queda (-14,1%), seguido por Roraima (-12,5%), Acre (-10,0%) e Amazonas (-7,4%). 

Quanto aos óbitos brasileiros, o número chegou a 1.513.575, no qual cerca de 73,5% ocorreram em hospital, 20,7% em domicílios e 5,8% em outro local de ocorrência ou sem declaração. A maior parte dos óbitos foi para pessoas na faixa dos 60 anos ou mais de idade. Nessa faixa etária, houve aumento de 16,3% (148.561 a mais) nos óbitos em 2020, ante uma alta de 4,5%, de 2018 para 2019.

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Todas as regiões tiveram alta significativa no número de óbitos. Os maiores aumentos foram no Norte (25,9%) e no Centro-Oeste (20,4%). O Nordeste (16,8%) também teve alta superior à média do país (14,9%) seguido pelo Sudeste (14,3%) e Sul (7,5%). O Amazonas teve o maior aumento entre os estados: 31,9%, frente à alta de 4,7%, entre 2018 e 2019. A seguir, vieram Pará (27,9) e Mato Grosso (27,0%).

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