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Pará tem média de uma morte e 13 casos novos de covid-19 por hora

Período que incluiu o fim de semana resumiu a forte aceleração do avanço do coronavírus, com acúmulo de 1.263 novos casos e 120 óbitos só entre quinta e hoje

Lázaro Magalhães
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O salto nos registros do avanço da pandemia do coronavírus entre os paraenses no último fim de semana representou uma média de 13,1 casos novos a cada hora e também uma morte registrada a cada 50 minutos - ou três óbitos confirmados no Pará a cada duas horas e meia. É o que aferiu a redação integrada de O Liberal, com base nos boletins da Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa) divulgados nas nas últimas 96 horas.

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Apenas no espaço de tempo de quatro dias - entre o lançamento do mais recente boletim da secretaria de saúde, ao fim da tarde desta segunda-feira (4), e a noite da última quinta-feira (30), véspera do feriado do Dia do Trabalho (1º de maio), quando eram 2.999 os casos confirmados e 224 as mortes por covid-19 atualizadas no balanço da Sespa para o Estado -, o avanço do quadro epidemiológico do coronavírus no Pará teve um acréscimo de 1.263 novos casos e também de 120 novas mortes - 14 dessas confirmadas só no fim da tarde desta segunda-feira. 

 

 

Os dados, tomados a partir de quinta-feira (30), e fracionados em dias e horas, têm como base informações divulgadas pela própria Sespa, desde o dia 30, e também o mais recente boletim da covid-19 no Pará, divulgado às 18h desta segunda-feira (4) - quando Estado chegou à marca de 4.262 registros da doença e a um total de 344 óbitos, confirmados até o fim da tarde. As médias gerais são de 1,25 morte confirmada para cada hora e 13,1 casos de covid-19 registrados a cada 60 minutos.   

 

No último boletim geral da Sespa, divulgado às 13h, os casos suspeito em análise no Pará caíram a 399 (eram 616 até este domingo), enquanto os casos descartados chegaram a 2.382 registros, segundo apontava o balanço parcial da tarde desta segunda-feira (4). 

image Retorno à capital no domingo: vírus avança (Cristino Martins / O Liberal)

Avanço de mil casos em três dias e meio


Em menos de quatro dias, os últimos registros ligados ao coronavírus no Pará foram suficientes para cobrir toda a evolução da pandemia durante o primeiro mês inteiro de contágio entre os paraenses.

Vale lembra que o primeiro caso da covid-19 no Estado foi confirmado no dia 18 de março - e que o acúmulo dos primeiros mil registros da doença no Pará foi aferido em 21 de abril, apenas 33 dias depois do início da pandemia no território paraense.   

 

 

Dois mil casos em nove dias 


Nove dias depois da covid-19 ter rompido a barreira dos mil casos no Pará, às 19h do último dia de abril (quinta-feira, 30) - de onde a redação integrada de O Liberal toma como base para a sua atual contagem da última aceleração da doença no Pará, a Sespa informava que já havia 2.999 casos confirmados e 224 óbitos relacionados à covid-19 no Pará.

 

 

No intervalo entre a noite da sexta-feira do feriado do Dia do Trabalho (1º de maio), quando o Pará já acumulava 3.359 casos confirmados e 263 óbitos, e o último boletim da noite de sábado (2), foram mais 368 registros e outras 43 mortes em apenas 24 horas: o Pará alcançou 3.727 casos confirmados e 306 óbitos. 

 

 

Entre as noites de sábado e de domingo (3), quando a Sespa confirmou que a covid-19 havia rompido também a barreira dos quatro mil casos do Estado (o Pará chegou aos 4.055 registros confirmados e 320 óbitos, no último domingo), mais 14 outras mortes e mais 328 casos foram registrados em apenas 24 horas. 

 

 

Pará teve um mês para somar primeiros mil casos


A atual velocidade da disseminação do coronavírus no estado contrasta com o periodo inicial da pandemia e reforça a necessidade de medidas de isolamento como o lockdown, que já é admitido tanto pelo governo estadual quanto pela administração municipal de Belém. A capital paraense concentra as ocorrências de diagnósticos positivos para a covid-19.

O Pará levou 33 dias para chegar a contar seus primeiros mil casos confirmados da doença, apenas no feriado de 21 de abril. Naquele dia a Sespa registrava apenas 38 óbitos pela doença admitidos oficialmente.

image Carros funerários se acumularam à porta do IML esta segunda (Fábio Costa)

A preocupação é que o número proporcional de mortes também cresce mais vertiginosamente com o avanço dessa escalada. Comparativamente, em apenas duas semanas de agravamento da pandemia no Estado, passamos a um número de paraenses mortos pela doença que atualmente é dez vezes maior, em um quadro que já está perto de ultrapassar a casa das quatro centenas.

image Paciente exaurida à porta do Abelardo Santos: vírus desafia paraenses (Fábio Costa / O LIberal)

Quando eram mil casos a cada cinco dias 


Vale lembrar: apenas cinco dias depois do covid-19 alcançar, do dia 21 de abril, o número de mil paraenses contaminados, a Sespa já admitia que o Pará havia rompido também a barreira dos dois mil casos, com 2.070 registros confirmados, em 26 de abril.

 

 

Mais cinco dias depois, no feriado do Dia do Trabalhador (1º de maio) a saúde pública estadual informou que havia superado a casa dos três mil registros. Aquele boletim, onde inicialmente o quadro epidemiológico já saltava a 3.176 casos e 235 mortes no Pará, teria seus números agravadod ainda mais até o fim daquela noite.

 

 

A redação integrada de O Liberal segue apurando os boletins da Sespa e também está tentando ouvir das secretarias estadual e municipal de saúde comentários a respeito do avanço acelerado da covid-19 no último fim de semana. Acompanhe.  

image Mulher se exaspera à espera atendimento em Icoaraci (Fábio Costa)

 

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