Pará segue sem previsão para o início da vacinação contra dengue
A imunização pública no Brasil começou pelo Mato Grosso do Sul, enquanto o Pará ainda aguarda as doses da vacina, bem como o direcionamento do Ministério da Saúde para os grupos prioritários
Dourados, no Mato Grosso do Sul, foi a primeira cidade brasileira a iniciar a vacinação contra a dengue pelo sistema de saúde pública. A distribuição de 90 mil doses de Qdenga, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), iniciou na última quarta-feira, 3. A vacina, que foi incorporada em dezembro do ano passado ao Programa Nacional de Imunização (PNI), do Sistema Único de Saúde (SUS), ainda não tem previsão de ser disponibilizada para o Pará.
A estimativa da Secretaria Municipal de Saúde de Dourados (MS) é que 150 mil pessoas, de 4 a 59 anos, sejam imunizadas. No Pará, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) não apenas não sabe quando deve receber doses da Qdenga, como também ainda não tem uma orientação do Ministério da Saúde sobre a organização dos grupos prioritários.
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Segundo o Ministério da Saúde, a distribuição das doses da vacina dependia da definição de grupos e regiões prioritárias do Brasil. Essa definição ainda não foi publicada, apesar de algumas doses já terem sido entregues para o estado do Mato Grosso do Sul. Também não foram explicitados os critérios da pasta para a definição dessas regiões prioritárias.
O Mato Grosso do Sul é o 9º entre os dez com mais casos de dengue em 2023, acumulando um total de 46.524 diagnósticos, além de 41 mortes. Apesar do número alto, o estado ainda está longe de ser o estado mais crítico, quando o assunto é dengue. Ainda no ano passado, o estado com mais casos da doença foi Minas Gerais, com 408.397 diagnósticos e 197 óbitos. Na relação de todos os estados do país, o Pará aparece na 21ª posição, com 6.075 e uma morte registrados em 2023. Os números são do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.
A nível municipal, Belém, capital paraense, apresentou um aumento significativo, de 64,08%, nos casos de dengue do ano retrasado (2022) para o ano passado (2023) e, assim como se posiciona a Sespa, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) também diz que aguarda pelo Ministério da Saúde: "Assim que mais detalhes forem repassados, serão divulgados", garante a Sesma.
- Minas Gerais - 408.396 / 197
- São Paulo - 339.602 / 286
- Paraná - 212.588 / 128
- Santa Catarina - 144.371 / 98
- Espírito Santo - 138.418 / 95
- Goiás - 69.179 / 37
- Rio de Janeiro - 49.330 / 30
- Bahia - 48.040 / 34
- Mato Grosso do Sul - 46.524 / 41
- Rio Grande do Sul - 38.657 / 54
- Distrito Federal - 38.587 / 7
- Mato Grosso - 28.424 / 21
- Ceará - 14.918 / 8
- Rondônia - 10.641 / 7
- Pernambuco - 8.916 / 4
- Acre - 8.438 / 0
- Rio Grande do Norte - 7.889
- Piauí - 7.585 / 4
- Paraíba - 7.382 / 5
- Amazonas - 6.450 / 12
- Pará - 6.075 / 1
- Maranhão - 5.023 / 8
- Alagoas - 4.249 / 3
- Tocantins - 3.818 / 2
- Sergipe - 3.302 / 10
- Amapá - 1.237 / 0
- Roraima 237 / 0