Pais de alunos protestam e denunciam falta de pagamento do aluguel em escola municipal de Ananindeua
Portando cartazes, eles fizeram uma manifestação dentro do prédio da Câmara Municipal de Ananindeua
Pais de alunos e professoras da Escola Municipal de Ensino Fundamental Aimee Semple Mcpherson realizaram um protesto na Câmara Municipal de Ananindeua, na manhã desta terça-feira (15). O espaço pertence à Igreja Quadrangular, mas há cerca de 20 anos, abriga a escola, que tem cerca de 1.500 alunos. Só que, segundo a denúncia, o prefeito Dr. Daniel não paga o aluguel do prédio da escola. O atraso dura oito meses e pode ocasionar no fechamento do espaço.
Com isso, ainda segundo a denúncia, professores estão sendo exonerados e falta merenda para os alunos. O protesto foi motivado porque um vereador defende a desapropriação do prédio, com o que não concordam os pais de alunos e professores. Portando cartazes, eles fizeram uma manifestação dentro do prédio da Câmara Municipal de Ananindeua: “Respeitem os nossos filhos e o futuro deles”, dizia um dos cartazes.
No dia 8 deste mês, vereadora Ray Tavares, de Ananindeua, denunciou que a escola pode encerrar suas atividades em breve. Segundo ela, o colégio funciona atualmente em um prédio alugado, cujo contrato está prestes a vencer. “O gestor está se negando a pagar e, provavelmente, não vai renovar o contrato desse prédio”, disse a vereadora. A unidade de ensino foi destaque no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), ocupando o segundo lugar no ranking do município.
Além disso, ainda segundo a vereadora, a escola presta atendimento a cerca de 100 crianças com deficiência, que estão sendo prejudicadas pela falta de profissionais qualificados, uma vez que todos os servidores contratados foram exonerados. Permanecem apenas os funcionários efetivos.
“Todos os funcionários foram exonerados da escola. Só ficaram os efetivos. Existe lá dentro um trabalho que atende quase cem crianças com deficiência. Essas crianças estão com dificuldades, porque estão sem os funcionários necessários. Sabe quem está cozinhando na escola? Os pais e outros funcionários exonerados são alimentados pela questão de que vão ser contratados se eles fizerem o serviço da escola”, disse, naquela ocasião. “A diretora foi iludida, durante esses três meses, que ela ia ser contratada para permanecer na escola até que se resolvesse a situação. Eu tenho quase dez escolas aqui que estão na mesma situação”, denunciou a vereadora Ray Tavares.
Nesta terça-feira, uma pessoa, que pediu para não se identificar, falou sobre a situação na escola. “O pais começaram a reclamar que não está tendo aula, que não tem merenda, que não tem professor. Então, houve a mobilização de hoje. O protesto dos professores porque não tem funcionário, não tem água, não tem merenda, além dessa possível desapropriação”, afirmou. Ele acrescentou que, por causa do protesto, o vereador voltou atrás e tirou da pauta o projeto de desapropriação do prédio.
A Redação Integrada de O Liberal entrou em contato com a Prefeitura de Ananindeua e aguarda retorno.