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Padre Claudio Pighin reflete sobre o significado da realeza de Jesus

Jesus, como Rei, apresenta um poder diferente, um reino sem escândalos, traições ou iniquidades. Ele nos convida a sermos seus súditos fiéis, escutando-o e seguindo-o com obediência e confiança, explica o religioso

O Liberal

Neste domingo (24), a Igreja celebra a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, um momento especial de meditação sobre a realeza de Cristo e sua relação com o mundo. O evangelho segundo João nos apresenta um diálogo entre Jesus e Pôncio Pilatos, governador romano, que busca compreender quem é es​se homem que se apresenta como Rei.

Pilatos, como destaca o padre Claudio Pighin, “não era judeu, estava excluído do povo escolhido, mas tenta compreender a verdade sobre Jesus”. Durante o interrogatório, Pilatos faz três perguntas ao Mestre, numa tentativa de descobrir quem Ele é. Na primeira delas, Jesus responde com uma indagação: “Falas assim por ti mesmo, ou outros te disseram isso?”.

A resposta de Jesus, segundo o padre Claudio, vai além de um simples questionamento. “Ele queria saber se Pilatos estava realmente disposto a se questionar profundamente sobre a verdade ou se aquilo era apenas uma curiosidade superficial. Muitas vezes, nós também buscamos fazer uma experiência com Deus apenas por curiosidade, sem coragem de ir até o fundo de nossa alma”, reflete.

Em sua insistência, Pilatos ouve de Jesus a repetição da expressão “meu reino”, uma afirmação que revela a essência da realeza de Cristo. O Messias explica que seu reino não é deste mundo. No entanto, isso não significa que Ele não se importa com o mundo ou as realidades que vivemos, mas sim que sua realeza está fundamentada em valores superiores, divinos, e não no poder mundano.

“A realeza de Cristo é totalmente ligada a Deus, realizada através do amor por cada criatura humana”, afirma o padre Claudio. “Essa realeza não aceita compromissos com outros poderes para sobreviver. É uma realeza que testemunha a verdade de Deus Pai e nos traz salvação”, acrescenta ele.

Jesus, como Rei, apresenta um poder diferente, um reino sem escândalos, traições ou iniquidades. Ele nos convida a sermos seus súditos fiéis, escutando-o e seguindo-o com obediência e confiança. “Ele é o nosso Rei, e nós depositamos nossa total confiança Nele, porque tudo o que faz é por nós”, conclui o padre Claudio.

Pará