Outubro Rosa: especialista ensina sobre autocuidado, prevenção e controle do câncer de mama
A enfermeira, pós-graduada em saúde pública e em educação para saúde Rivana Oliveira fala sobre os desafios da conscientização sobre o câncer de mama
A Coordenadora da Saúde da Mulher em Castanhal, Rivana Oliveira, fala sobre os desafios da conscientização sobre o câncer de mama. Enfermeira, pós-graduada em saúde pública e em educação para saúde. Ela é servidora pública do município há 15 anos e, há 2 anos, à frente da coordenação do município.
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Estamos em outubro e o mês simboliza a luta contra o câncer de mama e a conscientização de um diagnóstico precoce. O que o município tem programado para esse mês?
Durante todo o mês de outubro todas as unidades estarão voltadas à Campanha, com ações a prevenção do câncer de mama e colo, incentivando ao autoexame das mamas e solicitando exames de mamografia de rastreio para as mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos e atendendo também aquelas porventura que forem diagnosticadas com algum sintoma. As unidades também trabalharão o autocuidado, com a importância das atividades físicas e alimentação saudável e na oportunidade farão coleta de exames preventivos de colo de útero.
O câncer de mama é a doença que mais atinge as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele. De acordo com dados do Inca- Instituto Nacional do Câncer, a cada ano surgem cerca de 25% novos casos em todo o mundo e 29% no Brasil. Qual é a situação do município em relação à doença?
O município de Castanhal tem 43 mulheres diagnosticadas na rede SUS e em tratamento, mas sabemos que temos casos de mulheres em tratamento na rede privada e aquelas que estão em processo diagnóstico. Mas deve ser levado em conta esses dois anos de pandemia que os serviços de diagnóstico foram suspensos. Mas Castanhal como a região norte as estatísticas são menores em comparação a região sul e sudeste.
Na sua opinião, porque os índices de câncer de mama ainda são altos?
Pela falta de acesso aos exames diagnósticos e a dificuldade de muitas mulheres em se ausentar do trabalho, ou ainda pela falta de informação.
Segundo pesquisas do Inca, cerca de 30% dos casos da doença poderiam ser evitados com um estilo de vida mais saudável e pequenas mudanças no dia a dia, porém, muitas mulheres ainda têm resistência em mudar os hábitos alimentares e a praticar atividades físicas. Qual o motivo?
Sim, pela dificuldade de conscientização dessas mulheres.
Como fazer com que a conscientização da prevenção do câncer de mama não se restrinja somente ao mês de outubro?
Trabalhar todos os meses nas unidades de saúde durante a sala de espera abordando esse tema antes da coleta de PCCU (prevenção do câncer de colo de útero) e realizando o auto exame das mamas.
Tanto os profissionais médicos como os enfermeiros podem solicitar a mamografia de rastreio para as mulheres de 50 a 69 anos durante o ano todo, e para as mulheres com sintomas os médicos solicitam a mamografia diagnóstica.
Quais são os principais indícios de que a mulher pode estar doente?
É importante abordar os sintomas:
- Retrações da pele e do mamilo que deixam a mama com aspecto de casca de laranja;
- saída de secreção aquosa ou sanguinolenta pelo mamilo chegando até sujar o sutiã;
- vermelhidão da pele da mama;
- pequenos nódulos palpáveis nas mamas e axilas.
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