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Mulheres extrativistas e várias associações realizam debate sobre violência em Bragança

O evento vai acontecer em Bragança, nos dias 29 e 30 de novembro e contará com a participação de várias pesquisadoras

O Liberal

Em alusão ao Dia Internacional da Não Violência, celebrado no último dia 25 de novembro, diversas entidades e associações ainda promovem eventos para debater temas como feminicídio e formas de enfrentamento. Em Bragança, no nordeste paraense, as mulheres extrativistas da Resex Caeté Taperaçu, em conjunto com vários coletivos, estão organizando uma roda de conversa nos dias 29 e 30 de novembro. 

O encontro "Mulheres e o novembro - existentes e resistentes" é uma realização da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e dos Povos Tradicionais (Confrem). Os debates serão em torno de como a pandemia impactou a vida das mulheres pescadoras. "Esses encontros já ocorrem há seis meses. É um espaço construído baseado nas formas como observamos e violência e o feminicídio durante a pandemia", afirma a marisqueira Marly Lúcia, integrante do grupo Mulheres das Marés.

Os dois dias de evento serão abertos ao público e todos os interessados poderão participar das rodas de conversas que envolverão mulheres, enfrentamento, acesso a direitos sociais e humanos. Além disso, será o lançamento da campanha nacional contra o feminicídio "Nem pense em me matar". Por fim, os ciclos de debates buscam somar para as medidas que ajudam a reduzir a violência contra as mulheres. 

Palestras e visitas itinerantes, para Marly, são fundamentais para a manutenção de direitos e para ajudar as vítimas a identificarem as diversas formas de violência.  "O local onde uma mulher sofre violência doméstica também é um ambiente que a deixa refém financeiramente. A população feminina das marés, que moram nas zonas rurais, veem isso como um desafio para reivindicar seus direitos. Outro urgência é o atendimento itinerante nas comunidades para a realização de palestras. As mulheres são, na maioria das vezes, torturadas psicologicamente sem sequer saber que isso também é violência.

Nos dias 29 e 30 de novembro, a partir das 9 horas, no salão paroquial de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Bragança, o workshop terá a participação de várias pesquisadoras e moradores da comunidade para falar sobre rede de apoio e vivências.

(Karoline Caldeira, estagiária sob a supervisão de Victor Furtado, coordenador do Núcleo de Atualidades)

 

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