Mostra da educação reúne iniciativas de escolas municipais de Marabá
Alunos e equipe escolar das unidades de ensino da rede municipal realizaram apresentações culturais, esportivas e pedagógicas
Na última semana, alunos e equipe escolar das unidades de ensino da rede municipal realizaram apresentações culturais, esportivas e pedagógicas na quarta edição da Mostra da Educação Municipal de Marabá. Após dois anos sem pode realizar o evento, por conta das restrições impostas pela pandemia de covid-19, a programação realizada de quinta-feira (3) a sábado (5) foi uma oportunidade de reencontrar o público e mostrar um pouco das atividades desenvolvidas no ambiente escolar.
Aimé dos Santos, aluna do 8º ano da Escola Cristo Rei, localizada no bairro Jardim União, participou do primeiro dia do evento tocando flauta doce com os colegas. “Somos alunos de uma escola pública e de um bairro periférico, mas nós temos esses projetos na escola, não só o canto, a música, mas o balé e o teatro. Isso, para mim, é muito importante porque a gente mostra para os outros que não é só porque a nossa escola não é particular que a gente que a gente não pode fazer arte também”, afirmou a estudante.
Outra estudante que se apresentou foi Ana Beatriz Farinati, de 13 anos. Ela é do 7º ano da escola Martinho Motta, e sempre gostou de dançar. Antes de se apresentar, a jovem compartilhou um pouco do que estava sentindo. “Eu estou meio nervosa porque faz um bom tempo que eu não me apresento. Amo dançar e danço desde pequena. Os ensaios foram bem legais, o professor ensina bastante. Teve uns errinhos, mas deu certo. É importante porque, às vezes, as pessoas não conhecem esse tipo de música e a gente pode mostrar para elas”, destaca a estudante.
O jovem João Paulo Rocha, de 12 anos, subiu no palco para se apresentar como cantor e encantou a toda a plateia que o assistia. Para o aluno do 6º ano, escola foi crucial para aperfeiçoar o seu dom. “Eu fui melhorando cada vez mais no projeto da nossa escola. E eu acho muito bom porque ajuda a quem tem esse sonho de ser cantor a desenvolver o talento. A escola é lugar de aprender, mas também podemos saber que pode ser lugar de se divertir e aprender coisas novas”, analisa.
Um dos pontos altos da Mostra foi a apresentação do Centro de Atendimento Especializado ao Surdo (CAES). Se comunicando por meio de libras e com tradução para o público ouvinte, alunos e professores levaram ao evento uma mensagem de respeito e inclusão. “O surdo também sente, aprende, podem desenvolver habilidades por meio da educação, só precisam de oportunidades. Tendo apoio desde cedo, é possível crescer e ir superando cada fase rapidamente e, consequentemente, conquistando autonomia”, disse o professor de Língua Brasileira de Sinais, Diego Fiuza, que é surdo.
A Secretária de Educação, Marilza Leite, vê na mostra uma oportunidade de intercâmbio entre as diferentes escolas da rede municipal. “Inicialmente, a importância é os alunos chegando, empoderados, felizes com essa integração. A gente permite que o estudante interaja com os colegas das outras escolas. A 4ª Mostra traz para o aluno a possibilidade de saber o que está acontecendo nas outras unidades de ensino. E isso traz para o aluno uma autoestima, ele se orgulha do que está fazendo, se orgulha da escola, e nós nos orgulhamos da rede pública municipal de Marabá”, revela.
Nos três dias de programação, a IV Mostra da Educação Municipal contou com a apresentação de 55 escolas públicas. Cada grupo de alunos se preparou para performances baseadas no aprendizado difundido por meio de diversas iniciativas em sala de aula e o que se viu foram resultados surpreendentes. “A gente pega todos os projetos que as escolas produziram e traz esses projetos para mostrar para sociedade. O objetivo é agregar e reunir todas as escolas que tem apresentação na mostra para que a gente possa gerar essa integração, que os estudantes possam assistir as apresentações de todas as escolas”, explica o diretor geral de ensino da Secretaria Municipal de Educação de Marabá, Fábio Rodrigues. “A Mostra hoje tem uma importância social muito grande, que é mostrar o que de melhor a escola pública produz”, conclui.
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