Militar reformado Manoel Barros denuncia falta de saneamento básico na We 29, em Ananindeua
Falta de coleta de lixo e bueiro aberto geram transtornos e riscos para a comunidade na Cidade Nova V
Falta de coleta de lixo e bueiro aberto geram transtornos e riscos para a comunidade na Cidade Nova V
Na We 29, localizada na Cidade Nova V, em Ananindeua, o cenário é de descaso - é o que aponta o militar reformado Manoel Barros. Ele, assim como os demais moradores da área, enfrenta problemas graves com o acúmulo de lixo e o risco de acidentes em um bueiro aberto, que está há anos sem reparos definitivos. A situação, que afeta diretamente a mobilidade e a saúde da população, gera um clamor por soluções urgentes.
Manoel Barros, de 83 anos, é morador da região há mais de três décadas e afirma que a situação tem se agravado nos últimos dois anos. Segundo ele, os problemas começaram após obras realizadas na via. “Olha, eu acho que a segunda maior montanha do Brasil está por aqui, viu? Essa montanha de lixo, entulho de obra, é um absurdo. O pior é que, além disso, a tampa do bueiro que fizeram depois da obra não dura nada. O cimento é muito fraco, e os carros que passam por aqui quebram tudo de novo. Daqui a pouco, tudo desaba e o esgoto transborda. Já vi a prefeitura vir aqui olhar, mas nunca resolvem nada de fato”, desabafa.
Além do lixo e do esgoto acumulado, a falta de manutenção adequada no bueiro coloca a população em risco constante. “É uma cratera no meio da rua. Já vi gente quase cair, e até os carros evitam passar por aqui. Muitos dão meia-volta porque a situação está insustentável”, completa Manoel.
O problema vai além do desconforto visual ou da dificuldade de locomoção. O acúmulo de lixo atrai insetos e ratos, aumentando os riscos de doenças como leptospirose e dengue. O bueiro aberto, por sua vez, representa uma armadilha tanto para pedestres quanto para veículos. “Já tivemos casos de gente tropeçar à noite porque a rua está mal iluminada, e o bueiro é difícil de enxergar. Crianças também correm perigo, já que brincam perto dessa área. O medo de um acidente grave é constante”, relatam outros moradores que preferiram não se identificar.
Segundo relatos da comunidade, representantes da prefeitura chegaram a visitar o local e avaliar os problemas, mas nenhuma solução efetiva foi implementada. “A gente sente que é só promessa. Olham, fazem fotos e depois somem. Enquanto isso, somos nós que sofremos com o descaso”, diz Manoel.
Os moradores pedem que a coleta de lixo seja regularizada e que o bueiro receba uma estrutura resistente, capaz de suportar o tráfego de veículos sem o risco de novas rupturas. Além disso, cobram maior fiscalização para evitar que entulhos continuem sendo descartados irregularmente na área.
A reportagem de O Liberal entrou em contato com a Prefeitura de Ananindeua para questionar sobre a situação da We 29 e a previsão para a solução dos problemas apontados pelos moradores. Até o momento da publicação desta matéria, não houve retorno.