Materno-Infantil de Barcarena desenvolve dispositivos de reabilitação física para bebês prematuros
Itens como órteses e coxins oferecem mais conforto, além de prevenir deformidades e lesões por pressão
As equipes de fisioterapia e terapia ocupacional do Hospital Materno-Infantil de Barcarena Dra. Anna Turan (HMIB) desenvolveram, recentemente, dispositivos de reabilitação física, como coxins e órteses, de baixo custo para bebês prematuros. Os materiais devem ser utilizados no tratamento dos recém-nascidos para que eles recebam alta com o mínimo de sequelas possível.
Os itens devem atuar na prevenção das alterações articulares e auxiliar na redução do risco de Lesão Por Pressão (LPP). “O peso do bebê, umidade no local, demora ou restrição em mudanças de posições, podem causar lesão por pressão em regiões do corpo e protuberâncias ósseas, e precisamos levar em consideração que alguns bebês não têm massa corpórea significativa”, explica Heloísa Santos, terapeuta ocupacional da Pró-Saúde, que atua no HMIB.
"Então, é essencial desenvolver intervenções e procedimentos terapêuticos, como a produção de órteses e coxins, que são dispositivos, para minimizar os desvios nas articulações e lesões por pressão ou hematomas, e proporcionar alívio da dor, contribuindo para o tratamento do bebê e para uma alta hospitalar com qualidade”, complementa Heloísa.
Para criar as órteses e coxins, a equipe do Hospital Materno-Infantil de Barcarena, unidade do Governo do Pará, utiliza materiais como EVA, algodão ortopédico, colchão piramidal, enchimento antialérgico, tecidos, ataduras, esparadrapo e malha tubular.
São confeccionados itens como protetores da região posterior da cabeça, extensores palmar (mão) e plantar (pés), entre outros, personalizados com tamanhos e espessuras diferenciadas para cada bebê.
As órteses são fabricadas de acordo com a demanda de cada paciente. Em média, 25 coxins são feitos por mês, com valor médio de R$ 5 reais cada. “O valor do apoio circular, dispositivo que oferece o mesmo resultado para o recém-nascido, varia entre R$ 180 e R$ 480 no mercado, dependendo do tamanho. Então, é uma proposta economicamente viável e com resultados muito positivos”, destaca a terapeuta ocupacional.
Segundo Heloísa, a diferença entre os dispositivos é que a confecção com material alternativo é descartável após período de uso, já o apoio circular é reutilizável, após higienização. Conforme a demanda de atendimento, é possível equilibrar o uso de ambos.