Marabá recebe lançamento regional do Planejamento Estratégico Pará 2050
O governo do Estado estima que as atividades previstas no Planejamento sejam executadas em até de 15 meses, com apoio de da Universidade Federal do Pará (UFPA)
Autoridades locais e de municípios vizinhos, empresários e representantes da sociedade civil, estiveram reunidos nesta quinta-feira (16) em Marabá, sudeste do Estado, para o lançamento do Planejamento Estratégico de Longo Prazo do Estado do Pará – Pará 2050. A apresentação das atividades e o cronograma do planejamento foi realizada no Centro de Convenções Leonildo Borges Rocha.
O Pará 2050 tem o objetivo de planejar políticas públicas que garantam um futuro sustentável e, para isto, se propõe a ouvir da população das diversas regiões do Estado sobre suas necessidades mais urgentes. A governadora em exercício, Hana Ghassan, esteve no evento e avaliou que esse é o principal diferencial para a construção do planejamento.
"Qualquer cidadão pode participar. Representantes de movimentos sociais, do empresariado, indígenas... todos os segmentos da sociedade estarão representados nessas audiências públicas. Uma das etapas mais importantes é a escuta social. Também iremos fazer mobilização e plenárias regionais temáticas para que a gente possa construir em conjunto esse planejamento que será estratégico para o estado do Pará", disse a governadora.
A novidade foi bem recebida pelo Executivo municipal. "Ao longo da história, sempre nos sentimos muito isolados da capital e, consequentemente, do centro de decisões importantes. Então a disposição do governo a vir até Marabá e se propor a ouvir a nossa população, é mais do que se abrir para a manifestação popular, é inserir definitivamente a região nesse contexto", afirmou o vice-prefeito de Marabá, Luciano Dias.
Entre os membros da sociedade civil que acompanharam o lançamento, estava Ubirajara Sompré, membro da Federação Paraense dos Povos Indígenas. De acordo com ele, essa é uma oportunidade que os povos originários terão para que suas necessidades sejam atendidas de acordo com as especificidades de cada povo. "Nós estamos nas aldeias, mas também estamos nos grandes centros urbanos, nas universidades, buscando direitos, formação acadêmica, ocupando cargos públicos e construindo novos rumos para o nosso estado. Há muito tempo, não somos mais só expectadores. Por isso, essa possibilidade de o nosso povo ser ouvido é muito bem-vinda", disse o indígena.
De acordo com o cronograma da Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (Seplad), pasta responsável pelo Pará 2050, as atividades previstas no Pará 2050 devem ser executadas em período de 15 meses por equipes do governo do Estado e da Universidade Federal do Pará (UFPA).