"Março Lilás por todo o Pará" começa nesta segunda
Campanha busca prevenção do câncer do colo do útero e vacinação contra o HPV, entre outras medidas
A campanha “Março Lilás Por Todo o Pará – Prevenção e Controle do Câncer do Colo do Útero” começa nesta segunda-feira(11). É uma mobilização de mulheres, promovida pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). É para chamar a atenção da população paraense sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer do colo do útero.
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As principais ações da campanha são a busca ativa de mulheres de 25 a 64 anos de idade, para realizarem o exame preventivo do câncer do colo do útero (PCCU). Os exames podem ser feitos nas unidades de saúde.
A ideia é alcançar 40% do indicador de saúde 11, que é a razão de exames citopatológicos do colo de útero em mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos. Em 2018, mais de 100 mil exames deixaram de ser realizados.
Essas metas se justificam pelo fato de o Instituto Nacional do Câncer (Inca) já ter apontado que a região Norte se destaca no cenário nacional por ser a única onde o câncer uterino é o mais incidente. E é a maior causa de morte por câncer entre as mulheres, superando o câncer de mama, que é o maior do país. A estimativa, conforme o Inca, é que haja 860 novos casos de câncer do colo uterino em 2019, no Pará.
Outros objetivos são estímulo à vacinação contra HPV e realização de mutirões de procedimentos de diagnóstico e tratamento de lesões precursoras do câncer do colo uterino. Tudo com consultas especializadas, colposcopia, biópsia e exérese de zona de transformação do colo do útero (EZT).
Serão 100 mulheres atendidas na Unidade de Referência Materno-Infantil e Adolescente (Uremia); 60 mulheres no Hospital Regional de Breves (HRB); 10 cirurgias de câncer do colo do útero no Hospital Regional Público do Leste em Paragominas; e 30 cirurgias ginecológicas no Hospital de Ipixuna.
Em 2019, o Pará tem a meta de realizar cerca de 250 mil exames preventivos do câncer do colo do útero. Para isso, a campanha visa, especialmente, o incentivo às Secretarias Municipais de Saúde, para que façam a busca ativa das mulheres que nunca fizeram o exame ou estão há três anos sem fazê-lo. E ampliem a oferta do PCCU, além de melhorarem a qualidade do exame citopatológico.