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Estudantes paraenses são premiadas na 30ª edição do Prêmio Jovem Cientista

Alunas do IFPA se destacam com projetos inovadores sobre "Conectividade e Inclusão Digital"

Hannah Franco / Especial em O Liberal

Duas estudantes do Instituto Federal do Pará (IFPA) se destacaram na 30ª edição do Prêmio Jovem Cientista, realizada em Brasília na última quarta-feira (12). A premiação, que teve como tema "Conectividade e Inclusão Digital", selecionou 12 soluções inovadoras voltadas para desafios nessa área. Luta contra assédio sexual no ciberespaço e criação de um microscópio sustentável foram os projetos paraenses premiados.

O evento contou com a presença da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, e do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão. Esta edição marcou o retorno da premiação, que havia sido suspensa desde 2019.

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A estudante Arienny Ramos Souza conquistou o primeiro lugar na categoria "Estudante de Ensino Superior" com o trabalho intitulado "Gênero e poder no ciberespaço: a dinâmica do assédio sexual contra estudantes do sexo feminino nas redes sociais on-line". Sua pesquisa investiga como o assédio sexual digital impacta alunas no ambiente educacional, demonstrando que esse fenômeno pode preceder o assédio físico. Além da análise do problema, o estudo também resultou na criação de uma cartilha educativa para conscientização e prevenção do assédio on-line.

Arienny é graduanda do curso de licenciatura em Ciências Biológicas no IFPA e integrante do Núcleo de Pesquisa em Educação e Cibercultura (Nupec), sob orientação do professor Breno Rodrigo de Oliveira Alencar.

Maysa Grazielle dos Santos Pessoa obteve o terceiro lugar na categoria "Estudante do Ensino Médio" com o projeto "TECSCOPE 3D: Uma Alternativa de Microscópio para o Ensino Médio no Xingu, Amazônia". Desenvolvido no IFPA - Campus Altamira, o projeto consiste na criação de um microscópio de luz sustentável e de baixo custo, voltado para instituições de ensino que não possuem o equipamento.

Maysa faz parte do grupo de pesquisa Labotec IFPA, um laboratório que desenvolve estudos sobre desempenho, sustentabilidade e inovação tecnológica na Amazônia. Seu projeto foi orientado pela professora Laísa Maria de Resende Castro.


Sobre a premiação

Criado em 1981 pelo CNPq, em parceria com a Fundação Roberto Marinho (FRM) e empresas da iniciativa privada, o Prêmio Jovem Cientista busca revelar talentos, impulsionar a pesquisa nacional e incentivar soluções inovadoras para desafios enfrentados pela sociedade brasileira. Reconhecido como um dos mais importantes prêmios científicos do país, ele elege a cada edição um tema de relevância para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil.

O Prêmio Jovem Cientista reconhece os três melhores trabalhos em cada uma das cinco categorias: Mestre e Doutor, Ensino Superior, Ensino Médio, Mérito Institucional e Mérito Científico. Os vencedores são contemplados com laptops, bolsas do CNPq e prêmios em dinheiro, que variam entre R$ 12 mil e R$ 40 mil, incluindo bonificação para os orientadores.

Na edição de 2024, a premiação recebeu 801 inscrições. Para participar da categoria "Mestre e Doutor", foram aceitos estudantes de mestrado, doutorandos e doutores com até 39 anos. Na categoria "Ensino Superior", puderam se inscrever universitários e recém-formados com menos de 30 anos. Já para "Ensino Médio", a inscrição foi destinada a estudantes matriculados em escolas públicas ou privadas, com menos de 25 anos.

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