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Mais de 170 países comemoram a 28ª Semana Mundial do Aleitamento Materno

Maternidade de Santa Casa de Misericórdia abraça campanha e realiza diversas ações

Cleide Magalhães

Nesta primeira semana de agosto, mais de 170 países comemoram a 28ª Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM), que traz como lema "Empoderar Mães e Pais - Favorecer a Amamentação". Nesta terça-feira (31), o Ministério da Saúde lançou a campanha anual de incentivo à amamentação com destaque à importância do amparo de toda a rede de apoio (família, amigos, profissionais de saúde, empresários) aos pais, em especial às mulheres que estão amamentando. No Pará, a maior maternidade da região Norte, a Santa Casa de Misericórdia, também abraça a campanha e realiza diversas ações, para incentivar o aleitamento materno considerado como a melhor fonte de nutrição infantil.

Segundo a nutricionista e coordenadora do Centro de Referência Estadual para o Banco de Leite Humano da Santa Casa, Cynara Souza, hoje diversas maternidades, unidades, órgãos, entidades e outras estão engajados promoção da amamentação e trabalhando a temática. "Nesta semana contamos com palestras, oficinas, rodas de conversas, massagens, mamaços com mães internadas em contato com as mães doadoras, que já são mães empoderadas e compartilham o leite com os bebês delas na ausência do leite materno. Contamos com as equipes médicas dando apoio às mães para que elas amamentem com segurança".

Ela destaca que as dificuldades que a rede de apoio enfrenta é estar próximo da mãe quando ela precisa de ajuda, desde o pré-natal até o pós-natal. "Quando ela desconhece que a rede de apoio está preparada para esse fortalecimento. De fato, a maior delas é o uso de bicos artificiais, mamadeiras e chupetas, quando não procurou o profissional de saúde e dá outros alimentos e não o leite. As dificuldades de escutas, das vivências na casa e como a família pode ajudar. Então, tem toda essa logística para gente trabalhar a amamentação de forma segura e saudável, principalmente nos seis primeiros meses até o segundo ano de vida da criança. É importante que as políticas públicas acompanhem essa mulher também quando vai voltar ao mercado formal de trabalho".

Aleitamento materno reduz em 13% a mortalidade em crianças

O aleitamento materno é capaz de reduzir em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos, segundo o Ministério da Saúde. Além disso, protege a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias. Reduz também o risco de a criança desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes, sobrepeso e obesidade na vida adulta.

A nutricionista esclarece que o leite materno previne contra doenças infecciosas, garante nutrientes adequados para os bebês terem melhor desenvolvimento, protege o estômago e intestino, enfim, o leite materno faz com que o organismo da criança adquira um sistema de defesa perfeito (sistema imunológico).

A engenheira Brenda Hachen, 30 anos, que tem uma bebê de dois meses de nascida, também considera que o aleitamento materno é importante para ajudar na imunidade da criança. "Tenho todos os cuidados para gerar leite de qualidade para amamentar minha filha até quando eu puder, passando dos seis meses, porque acho importante para ajudá-la a ter mais saúde e evitar doenças", afirma.

O Ministério da Saúde recomenda que as crianças sejam amamentadas até os dois anos ou mais e de forma exclusiva até o sexto mês de vida.  Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Unicef, cerca de seis milhões de crianças são salvas a cada ano com o aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de vida.

Além de gerar leite para sua filha, a engenheira consegue garantir o produto para outras crianças. "Pedi para Deus para me dar a graça de amamentar e tendo bastante leite, se eu conseguisse, prometi doar para outras crianças. Eu consegui e, desde a segunda semana que ela nasceu, consigo coletar 600 ml por semana e doo para o Banco de Leite da Santa Casa. Isso me deixa feliz, pois posso contribuir para ajudar a salvar vida de outros bebês que precisam e acalmar o coração de muitas mães que não conseguem ter leite", diz Brenda.

Pode ser doadora do Banco de Leite Humano da Fundação Santa Casa de Misericórdia, criado em 1987 e um dos maiores do país, qualquer mãe sadia, que tenha excedente de leite e manifeste esta vontade. Para ser doadora de leite materno e obter mais informações sobre o Banco de Leite da Santa Casa, ligue: 0800 7272 057 (gratuita) / 4009 2311 / 4009 2212 / 4009 2318 / 4009 0310. Os telefones funcionam durante 24 horas. Ou pelo site da Santa Casa.  

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