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Leptospirose: Pará tem 8 óbitos em 2024, aponta Sespa

Estado reúne 38 casos da doença transmitida pelo contato de pessoas com a urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria Leptospira

Eduardo Rocha

Após a primeira morte provocada pela leptospirose em virtude das enchentes no estado do Rio Grande do Sul, os cuidados com essa doença voltam à tona. Segundo levantamento feito pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) em 2024, até agora, foram registrados 38 casos e 8 óbitos relacionados a essa enfermidade no Pará. Em Belém, por exemplo, muitos moradores costumam se banhar em águas de canais e ocorrem situações de alagamentos causados pelas fortes chuvas. A morte no Rio Grande do Sul, na sexta-feira (17/5) foi de Eldo Gross, de 67 anos. Ele teve a casa na cidade de Travesseiro, no Vale do Taquari, invadida pelas águas. O contato com a água contaminada propicia a transmissão da leptospirose.

O levantamento da Sespa indica que no Pará, em 2022, foram confirmados 108 casos e 14 óbitos por leptospirose. Já em 2023, foram confirmados 95 casos e 14 óbitos pela doença. Em 2024, até o momento, foram confirmados 38 casos e 08 óbitos por leptospirose no Pará.

De acordo com informações do Ministério da Saúde (MS), apresenta-se como uma doença infecciosa febril aguda transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira. A penetração dessa bactéria no organismo humano ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada ou por meio de mucosas.

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Prevenção

As medidas de prevenção a essa doença, segundo a Sespa orienta, incluem: usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem; não acumular entulhos e materiais de construção; vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés; utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos; manter limpos os locais próximos das casas, jardins, quintais, paióis e celeiros.

A Sespa informa que atua junto aos Centros Regionais e aos 144 municípios com monitoramento semanal de notificações, assistência técnica, supervisão, acompanhamento e avaliação das ações de vigilância epidemiológicas, sanitária e ambiental, definição e estruturação de centros de referência para tratamento das formas moderadas e graves, e capacitação interna frequente.

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