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Inverno amazônico aquece vendas de tacacá na capital paraense

O movimento em pontos de venda em Belém cresce nesse período com a chegada das chuvas e do clima mais ameno

Tamyres Damasceno, Especial para O Liberal

Jambu, camarão e tucupi são alguns dos ingredientes que formam o tacacá, comida típica da capital paraense. Apesar da procura pelo alimento perdurar o ano inteiro, durante o inverno amazônico a comida servida quente é bastante consumida. O movimento em pontos de venda em Belém cresce nesse período com a chegada das chuvas e do clima mais ameno.

image “Nesse final de ano está sendo bastante procurado o tacacá, por causa dessa época que é o inverno. Tem muita gente que vem pra comprar uma coisa quente", afirma Renato Nascimento, dono de um empreendimento no centro de Belém. (Foto: Cristino Martins)
 

Segundo Renato Nascimento, dono de um empreendimento localizado no centro de Belém, o movimento no seu estabelecimento cresce com o fim do ano chegando. Além do clima mais favorável a comidas quentes, Belém também é procurada por turistas para as festas de fim de ano e também pela movimentação para a COP 30 na capital paraense. “Nesse final de ano está sendo bastante procurado o tacacá, por causa dessa época que é o inverno. Tem muita gente que vem pra comprar uma coisa quente. Aí se começa a chegar o verão, dá uma caidinha no tacacá. A procura está aumentando. E eu acho que vai aumentar mais por causa da COP porque está vindo muita gente, muita gente de fora, de outros países conhecer o nosso tacacá”, explica.


Para o manauara Thiago Ramos, vir a Belém é sinônimo de tomar tacacá. Ele conta que já morou em Belém por três anos e hoje mora em São Paulo, mas vem à capital pelo menos quatro vezes por ano e sempre toma tacacá quando está aqui. “É pra matar a saudade, porque não tem igual aqui. Aqui é o original. Mas, por isso que eu venho aqui sempre. Tem que vir a Belém, tem que bater o ponto aqui. [...] Normalmente o tacacá é de lei, tem que tomar, senão eu não vim em Belém”, conta.

image "Qualquer oportunidade, eu estou tomando meu tacacá, principalmente numa chuva da tarde ou quando está um calor de 30 graus, sempre são horários de final de tarde”, conta a empresária e acadêmica em odontologia, Ketheryn Evaldt. (Foto: Cristino Martins)

A empresária e acadêmica em odontologia Ketheryn Evaldt, tem uma relação de gerações com a comida típica, pois sua avó vendia tucupi na Feira do Barreiro, no bairro da Sacramenta, em Belém. Ela explica que desde criança participava de todo o processo de preparo do tucupi, desde a limpeza da mandioca até a venda. “Além do mais, tinha uma coisa que me fez gostar ainda mais dessa cultura, gostar ainda mais de consumir, é saber como ele é feito. Qualquer oportunidade, eu estou tomando meu tacacá, principalmente numa chuva da tarde ou quando está um calor de 30 graus, sempre são horários de final de tarde”, acrescenta. 

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