Inverno amazônico aquece vendas de tacacá na capital paraense
O movimento em pontos de venda em Belém cresce nesse período com a chegada das chuvas e do clima mais ameno
Jambu, camarão e tucupi são alguns dos ingredientes que formam o tacacá, comida típica da capital paraense. Apesar da procura pelo alimento perdurar o ano inteiro, durante o inverno amazônico a comida servida quente é bastante consumida. O movimento em pontos de venda em Belém cresce nesse período com a chegada das chuvas e do clima mais ameno.
Segundo Renato Nascimento, dono de um empreendimento localizado no centro de Belém, o movimento no seu estabelecimento cresce com o fim do ano chegando. Além do clima mais favorável a comidas quentes, Belém também é procurada por turistas para as festas de fim de ano e também pela movimentação para a COP 30 na capital paraense. “Nesse final de ano está sendo bastante procurado o tacacá, por causa dessa época que é o inverno. Tem muita gente que vem pra comprar uma coisa quente. Aí se começa a chegar o verão, dá uma caidinha no tacacá. A procura está aumentando. E eu acho que vai aumentar mais por causa da COP porque está vindo muita gente, muita gente de fora, de outros países conhecer o nosso tacacá”, explica.
Para o manauara Thiago Ramos, vir a Belém é sinônimo de tomar tacacá. Ele conta que já morou em Belém por três anos e hoje mora em São Paulo, mas vem à capital pelo menos quatro vezes por ano e sempre toma tacacá quando está aqui. “É pra matar a saudade, porque não tem igual aqui. Aqui é o original. Mas, por isso que eu venho aqui sempre. Tem que vir a Belém, tem que bater o ponto aqui. [...] Normalmente o tacacá é de lei, tem que tomar, senão eu não vim em Belém”, conta.
A empresária e acadêmica em odontologia Ketheryn Evaldt, tem uma relação de gerações com a comida típica, pois sua avó vendia tucupi na Feira do Barreiro, no bairro da Sacramenta, em Belém. Ela explica que desde criança participava de todo o processo de preparo do tucupi, desde a limpeza da mandioca até a venda. “Além do mais, tinha uma coisa que me fez gostar ainda mais dessa cultura, gostar ainda mais de consumir, é saber como ele é feito. Qualquer oportunidade, eu estou tomando meu tacacá, principalmente numa chuva da tarde ou quando está um calor de 30 graus, sempre são horários de final de tarde”, acrescenta.