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Instituto diz que 70% da exploração madeireira no Pará é ilegal

Imazon divulgou nova pesquisa sobre a exploração da floresta amazônica nesta segunda-feira (20)

Redação Integrada, com informações do Imazon

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou nesta segunda-feira (20) um novo estudo no qual afirma que 70% dos 38 mil hectares de floresta que foram explorados no período de agosto de 2017 a julho de 2018 na Amazônia não possuíam autorização para a finalidade.

O Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (SIMEX) cruza informações das Autorizações para Exploração Florestal (Autefs) operacionais no período, emitidas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade do estado do Pará (Semas-PA),  com imagens de satélite processadas para verificar a consistência e execução dessas autorizações.

“A exploração não autorizada de madeira concentrou-se principalmente em áreas privadas ou sob disputa (76%), seguida de Terras Indígenas (12%), Assentamentos (8%) e Unidades de Conservação (UCs) (5%). Quanto às áreas privadas, foram mapeados 18.796 hectares em propriedades inscritas no Cadastro Ambiental Rural (CAR), representando 70% da extração ilegal mapeada no estado”, informa a pesquisa.

Os dados apontam uma redução de 29% na exploração detectada pelo sistema com relação ao período anterior, sendo 47% de exploração autorizada e 17% de não autorizada. Parte desses números se deve ao fato das imagens acabarem comprometidas por nuvens, o que impede a análise.

O estudo também analisou os hectares de desmatamento por município. Entre os que tiveram maiores quantidades de exploração ilegal estão Paragominas, Tomé-Açú, Dom Eliseu, Uruará e Ipixuna do Pará, com um total de 16.640 hectares explorados sem autorização.

“Na comparação com o período anterior (agosto/2016 a julho/2017), observamos reduções expressivas na exploração ilegal de madeira nos municípios de Portel (100%), Dom Eliseu (61%) e Tomé-açu (54%). Por outro lado, observamos aumentos consideráveis nos municípios de Altamira (845%), Rondon do Pará (206%) e Dom Eliseu (77%). O município de Paragominas, topo da lista, ainda apresentou aumento de 12% em relação ao período anterior”, observa o relatório.

 

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