Iniciativa da UFPA fomenta empreendedorismo e atrai investimentos à região da Transamazônica
O projeto de implantação da Incubadora do Xingu marca a chegada do Programa de Incubação de Empresas da Universidade ao interior do estado
A Universidade Federal do Pará (UFPA) realizou uma cerimônia de inauguração da primeira incubadora do Xingu, sediada em Altamira, no último dia 3 deste mês. A iniciativa, que já funciona mesmo antes de ser inaugurada formalmente, visa promover ações de criação, aceleração e consolidação de empreendimentos voltados à produção de bens e serviços inovadores, com enfoque não-exclusivo, porém preferencial, em diversas áreas. O evento contou com a presença de autoridades locais, coordenadores e professores da instituição de ensino superior, representantes do Governo do Estado do Pará e empreendedores da região.
O projeto de implantação da Incubadora do Xingu marca a chegada do Programa de Incubação de Empresas da Universidade ao interior do estado, abrindo novas perspectivas de desenvolvimento e de atração de investimentos para a região da Transamazônica. A iniciativa abrange áreas como Agronegócio, Produtos Naturais, Alimentos, Fruticultura, Cacau, Chocolate, Mel, Mandioca, Leite, Óleos, Sementes, Cosméticos, Fitoterápicos, Pesca Artesanal e Turismo.
Por conta da pandemia do coronavírus, o projeto já está selecionando e recebendo os primeiros empreendimentos incubados ainda em março de 2020. Atualmente, a iniciativa abriga as empresas Pomar do Xingu, Cacauway e Xingu Recycling, mas já se prepara para receber mais dois projetos recém-aprovados, que receberão apoio gerencial e tecnológico visando o desenvolvimento dos seus produtos e serviços.
Para o coordenador do projeto de implantação da Incubadora do Xingu, professor José Augusto Lacerda Fernandes (FAAD/ICSA), a iniciativa evidencia o compromisso da UFPA em fomentar o empreendedorismo e a inovação para além da capital. “Por meio dessa aliança interorganizacional, conseguimos contribuir para o desenvolvimento da região da Transamazônica, ajudando na verticalização de cadeias produtivas tradicionais, agregando valor em produtos existentes ou até mesmo criando novos mercados, sempre com uma abordagem calcada no tripé da sustentabilidade”, completa.
A iniciativa articulada pela Agência de Inovação Tecnológica da UFPA (Universitec) contou ainda com o apoio do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRSX), por meio do projeto de n.º 279/2017 – Ambiente de Inovação no Xingu, da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (SECTET), da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (SEDAP) e do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (FUNCACAU). A Incubadora do Xingu segue com inscrições abertas para empreendimentos residentes e não residentes. As inscrições terão fluxo contínuo, podendo ser feitas a qualquer momento.
Chamada de Apoio à Inovação na Cadeia Produtiva do Cacau e Chocolate
Apesar de ser recente, a Incubadora do Xingu inova ao lançar a sua primeira chamada com capital semente. Com apoio do Programa Rota do Cacau, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), três projetos ou empreendimentos, já incubados ou candidatos à incubação, receberão investimentos sob a forma de serviços e produtos para alavancar os seus negócios. As iniciativas deverão solucionar problemas presentes nas cadeias produtivas locais de cacau e chocolate. As inscrições vão até 22 de fevereiro de 2022.
Pioneirismo
A Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio do Programa de Incubação de Empresas de Base Tecnológica (PIEBT), atua desde 1995 na vanguarda regional, já tendo apoiado mais de 50 empresas em Belém. Segundo a coordenadora do PIEBT, Iara Neves, a importância que a Incubadora de Empresas da UFPA tem para o Pará é ímpar, visto que contribui para a expansão do ecossistema local, além de capacitar empreendedores e empresários, de forma que levem em conta a sustentabilidade, a inovação e a tecnologia como premissas em seus empreendimentos.
“A Incubadora vem ao longo de duas décadas estimulando o surgimento de negócios que tenham como cerne a geração de produtos, processos e serviços sustentáveis, gerados a partir do conhecimento produzido na academia ou com apoio da Universidade, sendo importante tanto por apoiar empresas que dão retorno ao Pará por meio da geração de emprego, renda e impostos, quanto por contribuir para o desenvolvimento da Amazônia”, afirma.