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Ilha de Algodoal é opção para viagem mesmo fora do período de férias

Com águas banhadas pelo Oceano Atlântico, a ilha faz parte de uma Área de Proteção Ambiental e possui ruas sem asfalto e uma natureza com praias, dunas, mangues, igarapés e lagos de água doce

João Thiago Dias

Rústica, tranquila, isolada, apaixonante e excelente destino para viagem mesmo fora do período de férias escolares. Essas são algumas das características da ilha de Maiandeua, conhecida popularmente como Ilha de Algodoal, no município de Maracanã, no nordeste do Pará. Com águas banhadas pelo Oceano Atlântico, faz parte de uma Área de Proteção Ambiental e possui ruas sem asfalto e uma natureza com praias, dunas, mangues, igarapés e lagos de água doce. Além disso, é proibido circular de veículos motorizados. Ou o passeio é feito a pé ou com o apoio de carroças, que funcionam como "táxis" a cavalo.

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"Estamos diante de uma experiência que agrega natureza e praia. Fora que muitos amigos nos indicaram essa tranquilidade. É a primeira vez nossa. Meu companheiro, o pai e a mãe dele, além do primo dele. E uma aventura, principalmente para a minha 'filhota' Hanna, que ama praia. Ela mergulha e depois tira o sal com um banho normal. Ela sempre está com a gente passeando por Salinas [litoral paraense] e parques. Tendo água, ela tá no meio. Viemos em família justamente porque Algodoal é conhecida pela calmaria", comenta Leidiane.

Moradores da ilha também têm dia de turistas

E os nativos também aproveitam esse pedaço de paraíso com um dia de turista. O recepcionista de hotel Adriel Reis mora em Algodoal e, sempre que pode, passa o fim de semana tomando um sol. Ele passou o último domingo (27) na Praia da Princesa com o filho Heinky Reis e a com a sobrinha Evelly Albuquerque. E também apresentou o ambiente para a namorada Bárbara Braga, do município de Igarapé-Açu, também no nordeste do Pará. Típico passeio em família com almoço à beira mar, brincadeira na areia e sensação de paz e amor.

"Moro em Algodoal e tenho muito orgulho, porque é diferente desses balneários com muita bagunça. Aqui é sensação de liberdade com segurança. Dá para trazer as crianças sem grandes preocupações. É uma boa opção para quem quer passar o ano novo. Recomendo!", destaca Adriel. "Estou conhecendo a convite dele. É uma logística que precisa pegar carro, ônibus ou van, atravessar de barco e ainda pagar para uma corrida com um carroceiro até chegar na praia. Mas compensa muito. Esses cavalinhos são um charme. Vou voltar mais vezes", avalia Bárbara.

Praia da Princesa

Com 14 km de extensão, a Praia da Princesa é um dos principais pontos da ilha e conta com infraestrutura de bares e restaurantes, especialmente na alta temporada. Para chegar, é necessário sair do lado das pousadas para a área de areia, atravessando de barquinho a remo por um pequeno canal. O valor da travessia varia entre R$ 2 e R$ 3 por pessoa. Em seguida, praticar uma boa caminhada na areia ou chamar um carroceiro até a praia. São 61 carroceiros que fazem parte da associação da ilha. Os valores variam de acordo com o trajeto.

Trata-se de um local calmo, onde carrinhos à vela, que se movem apenas com a força do vento, fazem passeio para os turistas. Tem Duas trilhas com cerca de 30 minutos de percurso, entre mangues e dunas, levam a várias lagoas de água doce. A Lagoa da Princesa é especialmente bela, com suas águas escuras, cor de Coca-Cola, que contrastam com as areias brancas e finas que emolduram a lagoa. Cajueiros e ajurus completam a paisagem.

Onde fica Algodoal?

A Ilha de Algodoal é, na verdade, uma vila dentro da Ilha de Maiandeua, que a língua tupi quer dizer mãe da terra. Algodoal é o lugar mais popular de Maiandeua, por isso, a ilha ficou conhecida como Ilha de Algodoal. Entretanto, existem outras vilas dentro de Maiandeua: Fortalezinha, Camboinha e Mocooca. O local está localizado a aproximadamente 170 quilômetros da capital, Belém.

Como chegar?

A viagem de Belém até a Ilha de Algodoal leva cerca de quatro horas e pode ser feita de ônibus ou van, que saem do Terminal Rodoviário em São Brás. O valor das passagens varia de acordo com a temporada. O acesso é pelas rodovias BR-316 e PA-136 até o Porto Fluvial de Marudá, onde são feitas as travessias de barco para a ilha.

Quem sai de carro de Belém precisa deixar o veículo no distrito de Marudá, no município de Marapanim, onde existem diversos estacionamentos que variam de R$ 10 a R$ 15 por dia. Isso é necessário, porque na Ilha não é permitido a entrada de nenhum veículo automotor.

De Marudá até Algodoal são mais 40 minutos de barco. No porto, as saídas geralmente são de uma em uma hora. A passagem de barco custa de R$ 17 a R$ 22, dependendo da época do ano. Logo na chegada ao porto de Maiandeua, os carroceiros já ficam aguardando para trajetos ao redor da ilha.

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