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Histórias dos 100 anos do Castanhal serão contadas em documentário

“Japiim, uma história centenária”, será lançado no You Tube e demais redes social em 7 de setembro, dia do aniversário do clube

Patricia Baía

O Castanhal Esporte Clube comemora 100 anos de fundação no dia 7 de setembro. O Japiim, como também é conhecido foi criado oito anos antes da emancipação do município de Castanhal.

“O clube nasceu quando o lugar ainda era vila Castanhal e fazia parte do território do município de Santa Isabel do Pará. Os moradores daquela época fundaram o Castanhal Futebol Clube e tinha as corres azul e branco que depois mudou para amarelo e preto por causa das cores do japiim que voava da mangueira da estação do trem para a mangueira do campo do Castanhal”, contou o jornalista castanhalense Carlos Ferreira, que pesquisou a história do clube para a produção do documentário “Japiim, uma história centenária”.

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A pesquisa foi feita nos acervos dos memorialistas José Lopes Guimarães e Amilcar Carneiro, do ex-dirigente José Espinheiro e do ex-atleta Airton.

“Descobri fotos preciosas que contam a história do clube. Nada mais gratificante do que cumprir a missão de juntar esse material e os depoimentos num documento audiovisual”, disse o jornalista.

Paixão pelo time

O Castanhal não ocupa um lugar de destaque no cenário atual do futebol paraense, mas mora no coração e na memória afetiva de tantos castanhalenses. Como a de Jose Espinheiro, que foi prefeito do município e dirigente do clube na década de 70.

“Eu cresci morando em frente ao campo do Castanhal, que ficava passando a estação de trem. Era onde é hoje a Ceasa. Desde criança ia pra lá brincar e assistir aos jogos. Era só atravessar a rua. O campo do Castanhal era a atração aos domingos e todo mundo ia para lá”, relembrou.

Seu José Espinheiro, tem 81 anos de idade e conta que foi ele quando prefeito que colocou o Castanhal no campeonato estadual.

“Naquela somente Remo e Paysandu participavam. E o Castanhal foi o primeiro time do interior a disputar o campeonato. O time foi formado com os jogadores e até o treinador do Paysandu. Teve uma briga entre eles lá e mandaram eles para cá. O treinador era o uruguaio Ruan Álvaro e até o salário dele foi pago pelo PSC porque os dirigentes eram meus amigos”, relembrou José Espinheiro.

Para o ex dirigente o crescimento do Castanhal ajudou no desenvolvimento do município.

O time foi uma excelente propaganda até para o município. Porque toda hora era falado nas rádios o nome Castanhal, o time de Castanhal”, observou Espinheiro.

O empresário Bebé Luna, fez parte da diretoria do time na década de 90 e conta que foi nessa época que se tornou um apaixonado pelo Japiim.

“Em 99 fomos o terceiro colocado e em 2000 fomos o vice-campeão do campeonato estadual. E começou o amor por aí, vendo as dificuldades do clube para pagar jogador, logística e estrutura. Posteriormente fomos para a série C. Meu amor é muito grande pelo castanhal eu era muito flamenguista, mas hoje a minha paixão é o Castanhal”, contou Bebé Luna.

Já para o atual dirigente do Japiim, Helinho Junior, de 42 anos, o clube significa o começo de tudo.

“Eu tinha 15 anos quando entrei no time e com 17 me tornei atleta profissional e logo depois fui para a Tuna Luso. Por isso que o Castanhal significa o lugar onde eu comecei. Meu pai também foi dirigente daqui e sou muito grato ao clube por ter me proporcionado isso”,

O dirigente contou que está à frente do clube há 10 anos e que é um grande desafio manter o time na competição estadual.

“Quando assumimos em 2014 o Castanhal estava há quase oito anos sem disputar a primeira divisão e apesar de tudo estamos conseguindo competir. Mas o Castanhal continua representado o interior do estado e no momento oportuno ele vai se reerguer”, pontuou o dirigente do clube.

 

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