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Grupo de Trabalho inicia discussões para elaborar Política Estadual de Educação Escolar Indígena

Com 15 dias de atividades, o grupo busca garantir a participação das comunidades indígenas e atender as suas demandas, enquanto o governo reafirma o compromisso com o ensino presencial nas aldeias

Agência Pará

A primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) instituído pelo Decreto Estadual Nº 4.430/2025, para elaborar a Política Estadual de Educação Escolar Indígena, ocorreu na tarde desta quinta-feira (23), na sede da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), em Belém. O encontro foi um momento de escuta ativa, especialmente das lideranças indígenas, e contou com a participação da Defensoria Pública do Estado (DPE) e do Ministério Público do Estado (MPPA). O GT, composto por órgãos estaduais e representantes das comunidades indígenas, têm um prazo de 15 dias úteis, a contar da publicação do decreto (21/01/25), para desenvolver um projeto de lei que contemple as necessidades das comunidades escolares indígenas do estado.

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Para o Procurador-Geral do Estado, Ricardo Sefer, o objetivo principal do GT é construir uma política que respeite as especificidades dos povos indígenas. “Com essa legislação, o governo do Estado pretende ter um olhar diferenciado, um tratamento específico que considere as peculiaridades da educação indígena no Pará. Por isso, o grupo tem uma composição plural, incluindo representantes das oito etnoregionais, diversas secretarias do Estado e convidados do Ministério Público Estadual, do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública do Estado. Nosso compromisso é garantir uma educação inclusiva e de qualidade”, destacou.

A secretária dos Povos Indígenas, Puyr Tembé, reforçou a importância do diálogo constante. “Nosso objetivo é proporcionar uma educação de qualidade sem prejudicar os povos indígenas. Estamos construindo isso juntos, passo a passo. Acredito que o papel do Estado é justamente atender a esses anseios, conquistando oportunidades que antes pareciam distantes. É o momento de construirmos essa realidade. Estou aqui para cumprir esse papel: articular com os órgãos responsáveis, formular políticas públicas e garantir sua implementação de forma efetiva. Queremos levar educação de qualidade a todos os povos indígenas, abrangendo desde o ensino infantil até o nível superior”, afirmou.

Concita Sompré, presidente da Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa), disse que a criação do GT para a elaboração de uma Política Estadual de Educação Escolar Indígena é um marco. “As populações indígenas no Pará, até então, nunca tiveram nada assegurado na lei com tanta abrangência como vai haver com a criação desse grupo. Vai atender as demandas de luta que a gente tem históricas no Estado. Isso já vem de demandas de décadas, que a gente vem lutando por essa inclusão, por essa educação especial, inclusiva, construída por nós a partir dos nossos olhares e do nosso conhecimento. Para a Fepipa estar aqui hoje é um marco e a gente está aqui re

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