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Escola municipal com mais de mil alunos corre risco de fechar as portas em Ananindeua

A instituição também atende quase cem crianças com deficiência. Funcionários estão trabalhando sem remuneração, segundo denúncia

O Liberal

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Aimee Semple Mcpherson, localizada em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, pode encerrar suas atividades em breve. A denúncia foi feita nesta terça-feira (8) por uma vereadora do município.

De acordo com a parlamentar, a escola funciona atualmente em um prédio alugado, cujo contrato está prestes a vencer. A vereadora a​firma que não há sinalização por parte da Prefeitura para renovação do contrato. “O gestor está se negando a pagar e provavelmente não vai renovar o contrato desse prédio”, declarou a vereadora Ray Tavares.

Com mais de mil alunos matriculados, a unidade de ensino foi destaque no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), ocupando o segundo lugar no ranking do município. Além disso, segundo a vereadora, a escola presta atendimento a cerca de cem crianças com deficiência, que estão sendo prejudicadas pela falta de profissionais qualificados, uma vez que todos os servidores contratados foram exonerados. Permanecem apenas os funcionários efetivos.

“Todos os funcionários foram exonerados da escola. Só ficaram os efetivos. Existe lá dentro um trabalho que atende quase cem crianças com deficiência. Essas crianças estão com dificuldades, porque estão sem os funcionários necessários. Sabe quem está cozinhando na escola? Os pais e outros funcionários exonerados são alimentados pela questão de que vão ser contratados se eles fizerem o serviço da escola. A diretora foi iludida, durante esses três meses, que ela ia ser contratada para permanecer na escola até que se resolvesse a situação. Eu tenho quase dez escolas aqui que estão na mesma situação”, denunciou a vereadora Ray Tavares, ao acrescentar que pelo menos outras dez escolas em Ananindeua estariam passando por problemas semelhantes.

A reportagem do Grupo Liberal apurou com uma fonte que o fechamento é uma possibilidade real. “Houve relato de que servidores até fizeram uma coleta para ajudar a gestora exonerada, que continua trabalhando sem salário, na promessa de retorno. Há muitos contratados nessa mesma situação, confiando em promessas”, revelou.

A fonte, que pediu anonimato, atribui a situação à gestão do prefeito Dr. Daniel. Segundo ela, a exoneração em massa teria ocorrido com servidores que se opõem politicamente ao atual governo.

Pará