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Em novembro, Bombeiros contabilizam 22 frentes de combate a incêndios florestais no Pará

Quase 200 bombeiros militares são empregados na operação denominada Fênix

Camila Guimarães

Em novembro, o Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA) empreendeu 22 frentes de combate a incêndios florestais, distribuídas em 17 municípios paraenses. Os trabalhos ocorrem por meio da Operação Fênix, que mobiliza 190 militares no estado. Junto ao Governo do Estado, o CBMPA informa que tem ampliado as ações estratégicas de combate ao fogo no Pará.

Atualmente, a operação iniciou a 7ª fase operacional neste mês de novembro. Os militares estão atuando em 22 frentes de combate distribuídas nos municípios de Almeirim, Santarém, Juruti, Paragominas, Jacareacanga, Tucuruí, Redenção, Altamira, Portel, Moju, Abaetetuba, Mojuí dos Campos, Garrafão do Norte, Tailândia, Cametá, Bom Jesus do Tocantins e Breves.

“Sabemos da seriedade da situação e do impacto em nosso meio ambiente e na vida das pessoas. Portanto, estamos reforçando as ações, a exemplo da Operação Fênix, que teve início ainda no primeiro semestre, utilizando equipamentos tecnológicos, monitoramento, e uma atuação ininterrupta, para combater os focos de incêndio em todas as regiões de nosso estado onde eles ocorrem”, afirmou o titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado.

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O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar Pará e Coordenador Estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Jaime Benjó, explica sobre a atuação da corporação durante as ações de combate aos incêndios florestais.

"Estamos com efetivo de 190 bombeiros militares especialistas no enfrentamento a estes incêndios em vegetação na Amazônia. São 34 viaturas, entre viaturas de combate a incêndio e viaturas tipo pick-up para salvamento e também para o combate a incêndios", detalha o coronel.

O militar afirma que, nesta estiagem, houve um aumento nos focos de incêndio, o que também exigiu que o trabalho da corporação fosse intensificado. Com isso, houve a instalação, no Comando-Geral do CBMPA, da Sala de Monitoramentos de Informações de Desastres (SIMD), onde atuam militares especializados no combate a incêndios florestais.

"Enquanto as ações ocorrem em campo, aqui no Quartel do Comando Geral continuamos monitorando através da nossa sala de situação e monitoramento de desastres todo o comportamento dos focos de incêndio no território estadual, deslocando os especialistas à medida que identificamos os focos em alguns municípios”, explicou coronel Benjó.

A sala de monitoramento dispõe de sistemas como o BDQueimadas, Plataforma MAIS Brasil, Plataforma FIRMS da Nasa e Painel do Fogo, além de todos os acontecimentos relacionados a fonte de calor, posicionamento de equipes no campo; monitoramento das ações de resposta com a utilização de ferramentas de Geomonitoramento; monitoramento das condições climáticas e meteorológicas relacionadas à incidência de focos de calor e incêndios florestais, para que as estratégias e ações sejam alinhadas diariamente.

Desde 2019, o CBMPA realiza a Operação “Fênix” e já empregou 760 bombeiros militares e 34 viaturas em várias fases das ações. A Operação já contabiliza a atuação em 68 municípios paraenses, atendendo a 1.853 ocorrências a partir de acionamentos pelas pessoas e pelo painel do fogo onde os focos são monitorados.

Ações Aéreas

Integrando os esforços para combater os focos de incêndio, o Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) empregou 24 agentes e 4 helicópteros para auxiliar o Corpo de Bombeiros Militar. As ações totalizam mais de 126 horas de voos.

Os helicópteros do Graesp transportam um equipamento denominado “Bambi Bucket”, que permite a coleta de água de fontes próximas aos focos de incêndio, a exemplo de açudes, igarapés e rios. Isso contribui para extinguir o fogo ou reduzir a sua propagação, especialmente, em regiões onde o acesso por vias terrestres é mais difícil. No total, já foram realizados 1.190 lançamentos de águas em áreas com focos de incêndio.

Desde julho deste ano o Graesp integra as ações de combate aos incêndios. Já foram realizados trabalhos em Breves, no Marajó, em Jacareacanga, próximo ao município de Tomé-Açu, no nordeste estadual, além da região de São Félix do Xingu, Marabá e Santarém. Atualmente, o grupamento atua com equipes volantes em apoio ao CBMPA, nas localidades onde é apontada a necessidade operacional diária.

Outras medidas e capacitações

O Governo do Estado também criou o Comitê Integrado de Resposta à Estiagem e Incêndios Florestais (CIREIF) e implementou o Plano Estadual de Ações à Estiagem, Queimadas e Incêndios Florestais (PAEINF-2024), com o objetivo de promover medidas para o socorro, resgate e salvamento, combate a incêndios.

Entre outras iniciativas, para uma melhor atuação dos militares, em setembro de 2024, o CBMPA formou 41 especialistas no Curso de Combate a Incêndio Florestal na Amazônia (CCIFA), e ainda, a Instrução de Nivelamento de Conhecimento (INC) Florestal, iniciativas fundamentais para a qualificação dos profissionais do Corpo de Bombeiros Militar do Pará. Essas capacitações visam aprimorar as habilidades dos combatentes em operações no ambiente florestal, fortalecendo a capacidade de resposta a incêndios e aumentando a eficiência dos serviços prestados à população.

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