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Em menos de uma semana, Marabá registra mais de 60 focos de incêndio; fumaça tem tomado a cidade

Segundo a Defesa Civil, uma das principais causas dos focos de queimada é o período de estiagem que afeta a região nesta época do ano, além das queimadas irregulares realizadas pela população

Gabriel Pires

Desde 4 de agosto, o município de Marabá, no sudeste do Pará, registrou 68 casos de incêndio em diversas áreas da cidade, conforme a Defesa Civil municipal. As queimadas, intensificadas pelo período de estiagem e práticas irregulares, formaram uma grande nuvem de fumaça que tomou vários bairros marabaenses ao longo da semana.

O diretor da Defesa Civil do município, Marlivon Andrade, explicou que equipes da brigada de incêndio da prefeitura, em parceria com o Corpo de Bombeiros, estão atuando para combater os focos, que ocorrem majoritariamente na área urbana de Marabá.

“As queimadas este ano foram intensificadas pela estiagem na região. A chuva foi muito pouca. Desde 4 de agosto, já totalizamos 68 ocorrências de incêndio na região”, informou Andrade.

Além da estiagem, outros fatores contribuem para os incêndios na cidade, como a queima para pastagem, plantio e limpeza de terrenos, além da queima de lixo. Combinadas às altas temperaturas e ao clima seco, essas práticas aumentam a intensidade dos incêndios, segundo o diretor da Defesa Civil.

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Esforços de combate e conscientização

Grande parte da fumaça provém do Distrito Industrial de Marabá, da área da Estação Rodoviária, de um aterro sanitário e de cidades vizinhas. Apesar dos esforços para controlar as chamas, a tendência é que as queimadas aumentem devido ao clima. “A Defesa Civil trabalha para controlar os incêndios, realiza fiscalizações para evitar novas queimadas e promove ações de conscientização com a comunidade”, destacou Andrade. O bairro Nova Marabá também registrou um grande fumaceiro.

“Estamos todos empenhados em extinguir esses focos de incêndio. As pessoas flagradas ateando fogo podem ser multadas”, acrescentou, lembrando que o fenômeno ocorre anualmente, mas as ocorrências têm aumentado em 2024. Entre as medidas preventivas, Andrade destacou a importância de evitar jogar vidro e plástico na rua, que podem provocar incêndios.

Marlivon Andrade também alertou a população para se proteger da fumaça e evitar exposição prolongada. “Esses focos podem afetar principalmente os idosos e pessoas com problemas respiratórios, trazendo complicações de saúde, especialmente com a temperatura elevada e o clima seco”, recomendou. Ele reforçou que outros órgãos ambientais municipais também atuam no controle e combate dos focos de incêndio.

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