MENU

BUSCA

Educação hospitalar: programa garante escolarização de estudantes em tratamento no Pará

Com as classes do Atendimento Educacional Hospitalar e Domiciliar (AEHD) em hospitais e abrigos públicos, o programa da Seduc atende cerca de 200 crianças e jovens mensalmente, com turmas do ensino fundamental ao médio e até Educação de Jovens e Adultos (EJA)

Gabriel Pires

Mesmo enfrentando longos períodos de hospitalização, estudantes do Pará continuam suas jornadas de aprendizado por meio da educação hospitalar, que alia o tratamento médico ao desenvolvimento escolar. Com as classes do Atendimento Educacional Hospitalar e Domiciliar (AEHD) em hospitais e abrigos públicos, o programa da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) atende, em média, 200 crianças e jovens mensalmente nas turmas de ensino fundamental, médio e até Educação de Jovens e Adultos (EJA).]

VEJA MAIS

Futuro

Além do atendimento educacional no hospital, a coordenadora do projeto lembra que, após a alta hospitalar, os estudantes também continuam com as aulas em casa, por meio da educação domiciliar. Ela considera que o programa também leva uma perspectiva de futuro. “O programa existe há 20 anos. É um desafio, por conta do momento em que o estudante se encontra. Mas, mesmo assim, procuramos resgatar esse lado deles e mostrar que a vida continua”, comenta ela, ao enfatizar que a iniciativa também leva esperança a esses pacientes que passam por um momento de saúde delicado.

Esperança

O local, que pode não ser comumente associado a um ambiente de estudo, faz parte da rotina de aprendizado da pequena Larissa Lima, de 8 anos, que faz tratamento de leucemia no Hospital Oncológico há mais de um ano e, para sua mãe, a trabalhadora de serviços gerais Nisilaura Lima, de 52 anos, as aulas têm sido essenciais para a filha: “Eu sou muito grata a Deus e aos professores que trabalham aqui. Este ano, ela já começou estudando. É muito bom para ela. E eu sempre digo que ela precisa estudar”, conta.

A mãe da criança relata que, apesar de ter que lidar com o tratamento da filha, esse apoio é muito importante durante o processo. Elas vieram do município de Vitória do Xingu e, para Larissa, que está no 2º ano do ensino fundamental, o momento das aulas é repleto de diversão e aprendizado. “Eu gosto muito de estudar e brincar com meus coleguinhas. Eu aprendo a ler, tenho aulas de Matemática, também de pintura, Inglês e sobre as cores”, comenta, destacando que pretende ser médica no futuro.

Projeto

O programa Classe Hospitalar e Atendimento Domiciliar é realizado por meio de convênio e termo de cooperação técnica assinado entre a Seduc e hospitais, casas de apoio e abrigos. A iniciativa é desenvolvida na capital e no interior do Pará. Entre os locais: o Abrigo João Paulo II, Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, Fundação Santa casa de Misericórdia, Fundação Hemopa, Hospital Oncológico Infantil Otávio Lobo, Hospital Barros Barreto, Hospital de Clínicas Gaspar Viana e no Hospital Regional do Baixo Amazonas

Pará