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Doenças respiratórias no inverno amazônico: veja como se proteger

Entenda as principais causas, sintomas e medidas de prevenção para enfrentar o período chuvoso em Belém

Jamille Marques | Especial em O Liberal

Durante o inverno amazônico, caracterizado por chuvas intensas e constantes em Belém, os casos de doenças respiratórias tendem a aumentar significativamente. O período de maior umidade contribui para a proliferação de vírus e bactérias, e a concentração de pessoas em ambientes fechados favorece a transmissão de síndromes gripais, covid-19 e infecções bacterianas.

De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma), os registros de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) vêm diminuindo nos últimos meses em comparação com os anos anteriores. Em dezembro de 2024, foram contabilizados 89 casos de SRAG, e até o momento, em janeiro de 2025, 14 ocorrências foram registradas. Mesmo com números em queda, a prevenção continua sendo essencial para evitar agravamentos e hospitalizações.

Principais sintomas e vírus mais comuns

O pneumologista Steven Pinheiro, de 65 anos, explica que os sintomas mais recorrentes durante este período incluem febre, dores no corpo, congestão nasal, tosse seca, dor de garganta e, em alguns casos, alterações no olfato e no paladar. Esses sinais podem indicar infecção por vírus como rinovírus, influenza e parainfluenza: “O quadro clínico geralmente começa com febre e secreção nasal clara. Quando a secreção passa a ser amarelada ou verde, isso pode significar infecção bacteriana. As mais comuns incluem infecção pelo pneumococo, micoplasma ou clamídia. É importante estar atento à evolução dos sintomas e buscar ajuda médica quando necessário”, alerta o especialista.

Prevenção é a chave

Para minimizar os riscos de contaminação, o pneumologista Steven Pinheiro destaca a importância de algumas medidas fundamentais. Manter o esquema vacinal atualizado contra influenza, covid-19 e pneumococo é essencial, já que a vacinação é uma ferramenta eficaz para prevenir complicações graves. Além disso, é necessário priorizar a higiene pessoal, lavar as mãos frequentemente com água e sabão, e evitar levar as mãos ao rosto ou coçar os olhos. Outro ponto importante é evitar aglomerações, especialmente em locais fechados, onde o risco de transmissão é maior. Por fim, uma alimentação equilibrada e um descanso adequado, com sete a oito horas de sono por noite, ajudam a fortalecer o sistema imunológico e a proteger o organismo contra doenças respiratórias.

Quando procurar ajuda médica?

A Sesma orienta que pessoas com sintomas gripais por mais de três dias devem procurar atendimento médico. Os testes rápidos para covid-19 estão disponíveis em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA), sendo liberados após avaliação médica.

Manter cuidados básicos e estar atento às orientações de saúde pública são passos essenciais para enfrentar o inverno amazônico com segurança. Com a vacinação em dia e medidas preventivas, é possível minimizar os impactos das doenças respiratórias e garantir mais qualidade de vida durante o período chuvoso.

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