Dia Nacional do Teste do Pezinho: saiba para que serve e onde fazer
Exame deve ser feito entre o 3º e o 5º dia após o nascimento
No Pará, cerca de 10 mil amostras de sangue são enviadas, por mês, para o Laboratório Central do Estado (Lacen-PA), para análise do Teste do Pezinho. A informação é da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), que destaca a importância do exame em recém-nascidos cuja data comemorativa, o Dia Nacional do Teste do Pezinho, é celebrada na quinta-feira, 6. No ano passado, 99.118 crianças fizeram o teste no Pará (1.222 a mais que ano retrasado). Até abril deste ano, já foram 39.145.
Desde 1992, o exame é obrigatório e gratuito em todo o território nacional, mas a lei recente reforça ainda mais sua importância como ferramenta indispensável para garantir o direito à saúde dos recém-nascidos, visto que amplia a relação de exames ofertados em várias etapas.
Em dezembro de 2023, o Pará incluiu a análise de toxoplasmose congênita no teste do pezinho, e com esse avanço o estado passou a cumprir integralmente a primeira etapa da lei que ampliou o Programa Nacional de Triagem Neonatal.
O que é o teste do pezinho?
A Triagem Neonatal Biológica (TNB), conhecida como Teste do Pezinho, é um exame que permite o diagnóstico e tratamento precoces de 7 doenças, reduzindo o risco de comprometimento do crescimento e desenvolvimento infantil.
A orientação da Sespa e do Ministério da Saúde é para que as amostras de sangue dos recém-nascidos sejam coletadas entre o 3º e o 5º dia após o nascimento. O Teste do Pezinho envolve a coleta de uma amostra de sangue do calcanhar do recém-nascido, feita em maternidades ou unidades de saúde.
Quais os serviços a partir do resultado do teste do pezinho?
A amostra de sangue colhida do recém-nascido é enviada ao Laboratório Central do Pará (Lacen-PA), onde é analisada. Os resultados ficam prontos em cerca de 10 a 15 dias, e são enviados para a unidade de saúde que realizou a coleta.
"Recebemos, em média, 10 mil amostras de sangue por mês. Nosso laboratório é equipado com tecnologia automatizada e uma equipe treinada, o que nos permite lidar eficientemente com esse grande volume", afirma o diretor do Lacen, Alberto Júnior.
Caso o resultado indique alguma anormalidade, a criança é chamada para realizar novos testes para confirmação. Confirmado o diagnóstico, a criança é acompanhada pelo Serviço de Referência em Triagem Neonatal na Unidade de Referência Especializada Materno-Infantil e Adolescente (Uremia) e outros serviços parceiros, recebendo o tratamento e os insumos necessários” disse à coordenadora.
O Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN), localizado na Uremia, é onde as crianças recebem acompanhamento multiprofissional. Esse atendimento especializado é crucial para evitar sequelas e complicações que a doença poderia causar sem a intervenção
Quais doenças o teste do pezinho identifica?
O Teste do Pezinho pode identificar diversas doenças graves, possibilitando o tratamento precoce e evitando complicações futuras. Algumas das doenças detectadas na primeira etapa do teste incluem:
- Hipotireoidismo Congênito: Uma doença hereditária que impede a glândula tireoide de produzir o hormônio tireoidiano T4, essencial para o crescimento e desenvolvimento físico e mental das crianças.
- Fenilcetonúria: Doença em que o organismo não consegue processar adequadamente o aminoácido fenilalanina, levando a deficiência intelectual e outros problemas graves se não tratada.
- Doença Falciforme: Alteração dos glóbulos vermelhos que causa anemia e pode levar a complicações graves devido à forma anormal das células.
- Fibrose Cística: Caracteriza-se pelo acúmulo de secreções densas nos pulmões e no trato digestivo, afetando a respiração e a digestão.
- Hiperplasia Adrenal Congênita: Refere-se a várias doenças genéticas causadas pela deficiência de enzimas na síntese dos hormônios adrenais, impactando o crescimento e desenvolvimento normal.
- Deficiência de Biotinidase: Doença rara que impede a absorção e regeneração da biotina, uma vitamina essencial para o metabolismo.
- Toxoplasmose Congênita: Infecção transmitida da mãe para o feto, causando lesões no sistema nervoso central e na retina.
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