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Dia Nacional da Imigração Japonesa: sushi com jambu? Culinária nipônica tem adaptações em Belém

No dia da imigração japonesa no Brasil, O Liberal aborda a culinária nipônica e suas diversas contribuições culturais e econômicas para o estado, onde muitos pratos tiveram que se adaptar ao paladar paraense

Igor Wilson

Nesta terça-feira, 18/6, no Dia Nacional da Imigração Japonesa no Brasil, é lembrada a data da chegada do navio Kasato Maru a São Paulo, com 781 trabalhadores japoneses em 1908. Após 116 anos, é destaque a rica influência desta comunidade no Pará, estado onde os japoneses chegaram mais tarde (no final da década de 1920) e que hoje abriga a terceira maior comunidade japonesa do país, com cerca de 40 mil habitantes, segundo o último levantamento da embaixada do Japão no Pará. Entre as diversas contribuições culturais e econômicas dos imigrantes japoneses no estado, a culinária se destaca como um elo poderoso que conecta tradições ancestrais com a inovação ocidental e amazônica. Em Belém, por exemplo, são muitos os restaurantes com comida japonesa. E são várias as adaptações nas receitas, como é o caso do sushi com jambu.

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Para Mateus, essas adaptações não diminuem a autenticidade da culinária japonesa, mas a tornam acessível a um público mais amplo, motivo do crescimento . A incorporação de ingredientes regionais do Pará, como o jambu e o tucupi, em algumas preparações de sushi, cria uma fusão única que preserva a essência da culinária japonesa enquanto celebra a riqueza da biodiversidade local.

"Entre os paraenses, a maioria prefere o sushi não convencional, seja o hotsushi ou outro prato onde o peixe não esteja tão cru. Os clientes japoneses que vem aqui geralmente pedem o tradicional cru, mas utilizando peixes amazônicos, eles são curiosos e gostam muito. É uma troca, a gastronomia é isso”, diz Mateus.

A troca cultural a que Mateus se refere é considerado um dos principais efeitos da imigração japonesa no Pará, estado onde a cultura nipônica está presente no cotidiano. “Essa adpatação que a cultura vai passando é um fenômeno que promove o intercâmbio cultural e também impulsiona a economia local, gerando empregos e atraindo turistas interessados em experiências gastronômicas diferenciadas”, diz Raphael Oliveira, professor de história e pesquisador do tema.  

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