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Curso de Fisioterapia da Uepa completa 40 anos com serviços gratuitos para a população

Os profissionais são essenciais para a recuperação de pacientes que sofrem de lesões musculares, traumas ortopédicos, doenças neurológicas, respiratórias, promovendo a reabilitação, a qualidade de vida e a reintegração social

Danilo Alves | Especial para o Liberal

Há 40 anos, no Pará, o primeiro curso de Fisioterapia da região norte do Brasil foi instituído pela Universidade do Estado do Pará (Uepa). De lá pra cá, cerca de 1.300 alunos já foram formados. Esses profissionais, que estudam o movimento humano, são essenciais para a recuperação de pacientes que sofrem de lesões musculares, traumas ortopédicos, doenças neurológicas, respiratórias e outros comprometimentos físicos, promovendo a reabilitação, a qualidade de vida e a reintegração social.

Com um total de 478 alunos ativos em Belém, Santarém, Tucuruí e Parauapebas, e 163 alunos entre o programa Forma Pará e do convênio com o município de Canaã dos Carajás, a formação acadêmica oferecida proporciona aos estudantes conhecimentos teóricos e práticos alinhados às necessidades do mercado de trabalho, além de realizarem atendimento ao paciente desde o primeiro período, conforme a coordenadora do curso, Erica Feio.

"Nossa graduação se destaca como um dos principais centros de formação da área na região, o que é excelente para o desenvolvimento de habilidades práticas e para a construção de uma formação sólida e comprometida com a excelência do aluno. Eu fico feliz por ter feito parte desta história e hoje compartilho esse conhecimento", explica.

Conforme Rita Frota, coordenadora responsável pela Unidade de Ensino e Assistência em Fisioterapia e Terapia Ocupacional (UEAFTO) da UEPA há 10 anos, o ambulatório é reconhecido como Centro Especializado em Reabilitação tipo III (CER III), pelo Ministério da Saúde, e é referência em serviços de reabilitação de pessoas com deficiências física, auditiva e intelectual, e com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A fisioterapeuta, que hoje administra a unidade, também faz parte da história do curso como aluna egressa.

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"São 18 anos trabalhando neste ambulatório. Ouvi o relato de pessoas que passaram aqui, foram acompanhadas com um tratamento digno, e saíram recuperadas. O maior sentimento de todos ao fazer parte dessa história é gratidão", declarou.

Rita ressaltou que, a cada mês, cerca de 3,5 mil atendimentos são realizados no local, que fica localizado na área do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) no bairro do Marco, em Belém.

"Temos ambulatório de coluna, acompanhamento de terapia aquática, fisioterapia respiratória , traumaortopedia, saúde da mulher e do homem, como fisioterapia ortopédica, neurológica e respiratória. Um dos destaques é o programa Pós-covid que ampliou a possibilidade de reabilitação de indivíduos acometidos pela doença durante a pandemia."

Futuros profissionais

A aluna Maria Vitória Briglia, 25, está no 9º período e dentro do ambulatório de terapia ocupacional neurofuncional da UEAFTO/CER III cuida de pacientes com comprometimentos neurológicos que afetam o movimento. Ela disse que se apaixonou pelo curso e que pretende se especializar na saúde da mulher. "O curso me abriu portas que eu nem imaginava, e hoje eu posso dizer que sou apaixonada pelo que faço. Meu próximo passo é me especializar na saúde da mulher, porque acredito que esse é um campo onde posso contribuir ainda mais, ajudando mulheres a se sentirem mais fortes e independentes", disse.

Já Nicolas Oliveira, 20, é calouro e deve finalizar o primeiro período em junho. Ele confessou que pretende se especializar em fisioterapia esportiva na área de pesquisa. "Quero poder ajudar atletas a se recuperarem melhor e, ao mesmo tempo, contribuir com estudos que possam transformar a forma como a fisioterapia é aplicada no esporte", afirmou.

Reabilitação que transforma vidas

No dia 9 de dezembro de 2023, a vida deu uma segunda chance para Eduardo Mariano, 27. O autônomo sofreu um acidente de moto na avenida Independência que o deixou 35 dias em coma no hospital. Após ser desenganado que pudesse voltar a andar, não desisitu de procurar tratamento até que conseguiu uma vaga no ambulatório da UEPA.

"Com fé e perseverança eu encontrei forças para voltar a ter os movimentos da perna. Um ano depois eu já consigo me movimentar de maneira mais independente, graças ao trabalho de professores e alunos da universidade", declarou.

Após realizar uma cirurgia no joelho esquerdo, Marizete Ramos da Silva, 54, se tornou paciente da UEAFTO/CER III. Há três anos ela realiza tratamento de recuperação dos movimentos. Ela afirma que sua mobilidade melhorou e acredita que o atendimento multiprofissional do ambulatório é o diferencial para sua recuperação.

"Depois do tratamento fiquei até mais feliz, já que a falta de mobilidade é algo que te deprime, sabe? Eu confio nos profissionais daqui e se Deus quiser, estarei melhor", disse.

Serviço

Para acesso aos serviços da UEAFTO/ CER III é necessário ser encaminhado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBS), para a Ueafto, que funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h. O ambulatório fica no Campus II/CCBS, na Travessa Perebebuí, nº 2623, bairro do Marco, em Belém.

Pará