Covid-19: Mais de 2 milhões de pessoas ainda não tomaram nem a primeira dose de vacina
A Região Metropolitana de Belém concentra mais de 459 mil pessoas no balanço feito pela Sespa, a pedido da Redação Integrada de O Liberal
No Pará, 2.043.582 pessoas estão aptas, mas ainda não iniciaram o ciclo de imunização contra a covid-19. São cidadãos de vários municípios que ainda não tomaram nenhuma das doses. Desse total, 459.315 pessoas são de quatro municípios da Região Metropolitana: Belém (278.602), Ananindeua (149.890), Marituba (27.787) e Benevides (3.036). Já em Santa Bárbara do Pará, também na Grande Belém, 100% da população vacinável já tomou a 1ª dose. O levantamento foi divulgado na quarta-feira (02), pela Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa).
Também foi apontado que, no Pará, 1.133.210 pessoas já começaram o esquema vacinal, mas ainda não tomaram a 2ª dose ou a dose única. Na Região Metropolitana, o balanço dos cidadãos que tomaram apenas a 1ª dose apontou: Belém (104.689), Ananindeua (77.931), Benevides (9.928), Marituba (14.283) e Santa Bárbara (5.249).
Na lista daqueles que tomaram as duas doses, mas ainda não tomaram a 3ª dose no Pará, 3.548.731 aparecem nos registros da Sespa. Já no balanço da Região Metropolitana: Belém (798.223), Ananindeua (205.207), Benevides (30.627), Marituba (53.223), Santa Bárbara (10.228).
Ainda de acordo com a Sespa, no levantamento divulgado na última quarta-feira, Belém, Ananindeua, Santarém, Parauapebas e Castanhal são os cinco municípios paraenses com melhor desempenho no esquema vacinal completo (duas doses). Entre os cinco municípios paraenses com menor desempenho na aplicação das duas doses, até quarta, a Sespa listou: Sapucaia, Cumaru do Norte, Palestina do Pará, Bannach e Santa Cruz do Arari.
No vacinômetro da Sespa, com atualização mais recente na sexta-feira (04), os municípios que mas vacinaram com as duas doses apareciam com o seguinte balanço: Belém (1.1124.412), Ananindeua (206.819) Santarém (165.209), Parauapebas (144.010) e Castanhal (91.699). Já os que menos vacinaram com as duas doses, segundo o Vacinômetro: Sapucaia (2.464), Cumaru do Norte (3.272), Palestina do Pará (2.805), Bannach (1.576) e Santa Cruz do Arari (542).
O infectologista Lourival Marsola, de Belém, alertou que o maior risco para as pessoas não vacinadas diz respeito ao adoecimento, principalmente com a possibilidade da forma grave da doença. "Já que você tem uma variante Ômicron circulando, que é extremamente contagiosa. A partir do momento que você não tem nenhuma proteção levada pela vacina, o risco de doença grave passa a ser real. Consequentemente, aumentando o número de internações e até de mortes".
Além disso, há o risco coletivo. "Quanto mais vírus circulante e mais pessoas doentes, maior a possibilidade para surgir uma variante com característica diferente da Ômicron, possibilitando variantes mais contagiosas ou até causadoras de casos mais graves", acrescentou o infectologista.
Marsola reforça que é fundamental que o Estado mapeie onde estão esses casos de não vacinados. "Pelo menos tente identificar os motivos dessa não vacinação, porque sabemos que o Pará tem particularidades relacionadas à questão da geografia, do acesso", disse. "É importante ver as regiões menos vacinadas, trabalhar de uma forma local, entrar em contato, em estratégias conjuntas com os municípios. E, cada vez mais, restringir a circulação das pessoas que não são vacinadas. E criar mecanismos para que sejam vacinadas".