MENU

BUSCA

Castanhal: desenhos de menino autista viram arte

Guilherme Marinho já participou de diversas feiras e exposições com seus desenhos de dinossauros

Patrícia Baía

Os desenhos do Guilherme Marinho, de 10 anos, estão estampados em camisetas, chaveiros e quadros. Aos poucos a arte da criança com transtorno do espectro autista está ganhando notoriedade em Castanhal e na capital. O pequeno artista participou da última edição da Feira do livro de Belém e também da de Castanhal, Feira Municipal da Educação Especial, Expofac, feira de talentos da escola e muitos outros convites estão surgindo, como explica a sua mãe, Leidiane Alves Marinho, 41 anos, que também é mãe da Isabelle de 8 anos de idade.

“O Guilherme está ficando famoso e agora que vai sair no jornal O Liberal vai ficar mais conhecido ainda. Através do talento do meu filho ele é chamado para mostrar sua arte em vários eventos e exposições e nós apoiamos esse dom que ele tem”, disse a mãe toda orgulhosa.

A ideia de estampar os desenhos em camisetas, outros objetos e comercializa-los veio após a insistência de alguns amigos da família.

“Muitas pessoas falavam para eu fazer camisa com os desenhos e eu ficava pensado se ia dar certo ou se seria muito caro, mas aos poucos fomos investindo e mandando fazer não só as camisetas como também os chaveirinhos com os desenhos e pequenos quadros. E os valores são de 10 a 15 reais”, contou a mãe.

O principal tema abordado por Guilherme é o dinossauro, que é o seu hiperfoco. Essa é uma das características marcantes do transtorno do espectro autista e acontece quando eles apresentam um interesse intenso e altamente focado, em um ou mais assunto.    Pode durar a vida toda ou mudar com o tempo.

E foi o interesse pela arte de desenhar que chamou a atenção na primeira escola para o diagnóstico do autismo. “Ele só queria desenhar. A professora falou para colocar num curso de arte e que ele tinha um dom especial. Já estava com cinco anos e não falava e nem conseguia se desenvolver na escola, mas amava desenhar e foi aí que veio o diagnóstico da escola. Começamos então a fazer as terapias e mudamos o Guilherme da escola particular para a municipal que oferece mediadores para o aluno com deficiência”, explicou Leidiane.

VEJA MAIS 

Natal

As camisetas com os desenhos do pequeno artista irão compor o look da família na noite de Natal.

“Minha mãe já até falou que neste ano vamos estar todos vestidos de uniforme. Vamos mandar fazer mais camisetas para todo mundo”, contou.

E os projetos futuros?

“Ele já é um artista e vamos colocar ele para estudar artes e vai se aperfeiçoar ainda mais”, disse a mãe.

 

 

Pará