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Casos de Doenças de Chagas reduzem em quase 30% no Estado do Pará

Em 2023, foram confirmados 249 casos, enquanto em 2024, no mesmo período, o número caiu para 173

O Liberal

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou, durante reunião do Grupo de Trabalho da Doença de Chagas, que houve uma redução de quase 30% nos casos da doença no Pará entre janeiro e agosto deste ano, na comparação com o mesmo período de 2023. No ano passado, foram confirmados 249 casos, enquanto em 2024, no mesmo período, esse número caiu para 173.

De acordo com os dados, a queda foi maior que a esperada. A meta era de 10%. O mês passado foi o que registrou, até agora, o menor índice de incidência da doença.

A reunião com os membros do GT foi realizada na última quinta-feira (05/9), na sede da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), e contou com a participação de representantes da Diretoria de Feiras e Mercados (DFM). 

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O coordenador estadual da Doença de Chagas no Pará, Éder Monteiro, enfatizou que a meta inicial era reduzir os casos em até 10%. Mas, com o avanço dos trabalhos, a redução registrada foi de mais de 26%. “A gente tem que ficar em vigilância contínua, mantendo as ações, para que tenhamos êxito no final do ano e que possamos obter uma continuidade também nos próximos anos; a meta de redução de casos era 10% e a gente dobrou”, comemorou Éder.

Para que os resultados possam continuar melhorando, como orientou o coordenador, é importante que não apenas as instituições envolvidas na cadeia de produção e distribuição do açaí continuem atuando com a realização de ações de prevenção, mas que o consumidor também esteja atento e procure locais com boas práticas na manipulação do produto.

"A recomendação primeira é que o consumidor procure estabelecimentos que tenham a certificação de funcionamento da Vigilância Sanitária; que passaram pelo treinamento de prevenção à Doença de Chagas, das boas práticas e, sobretudo, evitar ter contato com o inseto barbeiro (transmissor da doença) e, caso identifique, informar a Vigilância Sanitária local para que se faça ações específicas nessa localidade e evitar assim o contato com esse barbeiro."

A promotora de Justiça e coordenadora do Nucon/MPPA, Érica de Sousa, avalia como positivos os resultados obtidos com as ações que estão sendo postas em práticas recorrentes do trabalho do GT. Ela enfatiza que desde o início dos trabalhos o planejamento tirado nas reuniões mensais está sendo cumprido.

O grupo é coordenado pelo Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio do Núcleo do Consumidor (Nucon), e composto por instituições de diferentes esferas do Poder Público e associações que visam prevenir e combater o risco de contaminação.A primeira reunião com os representantes das instituições foi realizada em fevereiro deste ano. Desde então, o grupo vem se encontrando mensalmente para avaliar e estipular as ações almejadas para a melhoria das práticas de manipulação do açaí.

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