MENU

BUSCA

Cães de agentes de segurança de Parauapebas passam por treinamento para buscas de desaparecidos

Os animais, que já realizavam buscas de entorpecentes e armas de fogo, foram preparados para localizar cadáveres e pessoas desaparecidas no município e região

Hilda Barros

Cães utilizados pela força de Segurança Pública de Parauapebas, sudeste do Pará, no combate à criminalidade, tiveram uma rotina diferente no último final de semana. Os animais, que já realizavam buscas de entorpecentes e armas de fogo, foram preparados para localizar cadáveres e pessoas desaparecidas no município e região. O treinamento reuniu homens da Guarda Municipal, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros que vão interagir com os animais em ações que terão por objetivo localizar pessoas desaparecidas e cadáveres através do faro.

O treinamento, denominado de 'Operação K9', foi criado por meio do Grupo de Busca, Resgate e Salvamento – G.B.R.S, que irá atuar no trabalho de resgate e buscas de pessoas desaparecidas e cadáveres utilizando o auxílio do animal para o processo de identificação e localização de corpos e pessoas. O faro e a audição aguçados são elementos que os fazem diferenciados para o trabalho de busca e, o fator tempo, é crucial em tais operações, por isso, os cães são tão essenciais para essas atividades, no combate à criminalidade, em que são exigidos cada vez mais meios e estratégias do conjunto das forças de segurança, a contribuição dos cães pode ser destacada como relevante.
image Animais farejadores foram submetidos a técnicas que visam aprimorar a atuação no trabalho desenvolvido (Divulgação/ Grupo de Busca Resgate e Salvamento)

No treinamento foram utilizados três animais farejadores, que foram submetidos à técnicas que visam aprimorar a atuação no trabalho desenvolvido. A iniciativa é preparar os cães para que eles possam ajudar na busca por pessoas desaparecidas ou na identificação de cadáveres, podendo ainda contribuir na localização de foragidos da justiça.

Os cães são treinados para reconhecer o cheiro da pessoa procurada a partir de objetos, que são colocados dentro de um recipiente para que o odor possa ser transferido. O material é colocado próximo ao focinho dos animais por alguns segundos para que seja detectado. Em seguida, eles são recompensados com brincadeiras ao ficarem quietos para sentir o cheiro e depois partem para a caça.

“O objetivo do trabalho com a utilização do cão é ajudar na investigação de crimes ou até mesmo em situações de desastres naturais, como deslizamentos nos morros que tenham vítimas desaparecidas. O treinamento é importante para que os animais auxiliem o humano nesse processo, através do faro” frisou o instrutor Joavan, que atua na Guarda Municipal de Belém e foi responsável em repassar as instruções durante o treinamento.  

O sargento Matias, da Polícia Militar, explica que a ideia de criar o grupo surgiu após perceber o grande índice de pessoas desaparecidas na região. Para que o processo ocorra de forma eficaz, o cão entra como peça principal desse trabalho, ficando ele responsável de identificar por meio do faro a localização, seja da pessoa viva ou morta.

“Estamos criando um grupo de busca e resgate, e o treinamento visa qualificar os membros, com o uso do animal neste trabalho, o que irá auxiliar na detecção de busca de pessoas e cadáveres, sendo que tanto o agente como o animal são preparados para que atuem em parceria durante a ação”, frisou o militar.

Pará