Pará não possui registro de casos do coronavírus, diz Sespa
Ministério da Saúde possui site dedicado a combater fake news sobre Saúde; existem pelo menos 15 fake news relacionadas ao vírus
Não há casos suspeitos ou monitorados do novo coronavírus no Pará. A informação é da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), confirmada após a reportagem de O Liberal tomar conhecimento de uma corrente que circula nas redes sociais, nesta segunda-feira (3), que afirma que o vírus está circulando no Estado.
A corrente continua circulando, mas em bom linguajar paraense: é potoca (falso). E, caro leitor, não compartilhe potocas que podem ser um desserviço à sociedade e gerar pânico gratuitamente.
São tantas potocas relacionadas a Saúde que o Ministério da Saúde criou um site dedicado a comprovar se as informações são verdadeiras ou não.
No canal há cerca de 100 notícias falsas sobre saúde, sendo 15 notícias falsas sobre o coronavírus. E seriam centenas — talvez milhares — de mentiras, se todas as suspeitas infundadas de casos da doença, originária da China, fossem verificadas por todo o Brasil.
Qualquer cidadão poderá enviar, gratuitamente, mensagens com imagens e/ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de compartilhar, pelo número (61) 99289-4640, que também é WhatsApp.
Pesquisa e diagnóstico
O Ministério da Saúde montou uma rede de pesquisa e diagnóstico da doença. No Pará, o Instituto Evandro Chagas, que tem reconhecimento científico histórico e internacional, é um dos credenciados. A outra instituição é a Fundação Oswaldo Cruz, em São Paulo.
Justamente para evitar pânico e tratar a crise global com seriedade e transparência, os números de casos têm sido divulgados. Há protocolos de atendimento em todas as unidades de saúde. E quaisquer informações sobre o vírus, de cuidados a números, devem ser buscadas em fontes oficiais.
Portanto, não é sempre que algo compartilhado nas redes sociais é verdade. Muito menos se a fonte não for confiável, não houver confirmação e nem posicionamento amplo e público das autoridades competentes.
O Pará pode já ter um caso da doença?
Até pode, mas não foi identificado. Quando (e se) for, novas medidas de segurança em saúde começarão a ser tomadas e todos os veículos de comunicação do Estado divulgarão a notícia, com fontes oficiais, responsabilidade e segurança.
Até lá, beba bastante líquido; lave bem as mãos antes de se alimentar ou tocar no rosto; cubra a boca e nariz, com lenço, antes de tossir ou espirrar. Se estiver com falta de ar, tosse forte, febre leve ou outros sintomas de uma gripe muito forte, procure uma unidade de saúde.
Sempre desconfie de mensagens que: abusam das letras maiúsculas; pedem para repassar para o maior número de pessoas possível; contêm vários links para serem acessadas; possui tom alarmista, como se o autor fosse o único a saber de determinado fato; não informa as fontes oficiais; têm origem desconhecida (site, blog ou outro meio); erros de português. Todos estes são fortes indícios de potocas.