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Belém está sem vacinas contra covid, varicela e meningo C; Ministério reconhece desabastecimento

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) estão em falta as vacinas contra covid, varicela e meningo C nos postos de saúde da rede pública de Belém

O Liberal

Belém está entre as cidades com falta de algumas vacinas em decorrência do desabastecimento ocasionado pelo Ministério da Saúde. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) estão em falta as vacinas contra covid, varicela e meningo C nos postos de saúde da rede pública de Belém.

Ainda de acordo com a nota enviada pela secretaria, desde julho, com a falta dos imunizantes causada por desabastecimento nacional, a vacina contra varicela está sendo substituída pela vacina tetra viral, que inclui imunização contra varicela (catapora), sarampo, caxumba e rubéola.

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A vacina meningo C está sendo substituída pela meningo ACWY, que protege contra doenças causadas pela bactéria meningococo dos sorogrupos A, C, W e Y, como a meningite meningocócica e a meningococcemia. Ressalta-se que essas substituições seguem orientação do Ministério da Saúde (MS).

Em relação à vacina contra a covid, a última remessa do imunizante para crianças de seis meses a até menos de cinco anos foi recebida pela Sesma no mês de julho; já para o público acima dos 12 anos, a última remessa chegou ao órgão municipal de Saúde no início de outubro, em quantidade insuficiente.

A Sesma esclarece, ainda, que faz as solicitações de vacinas antecipadamente ao MS. O órgão federal informou que está enfrentando dificuldades na aquisição e distribuição das vacinas contra a covid. Sendo assim, não há previsão da chegada de novas remessas da vacina ao município.

Nesta quarta-feira (23), o Ministério da Saúde negou que o país passa por falta generalizada de vacinas. Em nota, a pasta cita que houve “desabastecimento momentâneo” de imunizantes contra a covid-19 no país no período de 16 de outubro, data de vencimento das doses em questão, e 22 de outubro.

O ministério destacou que 1,2 milhão de vacinas começaram a ser distribuídas na última terça-feira (22), para São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco. A previsão da pasta é que, até a próxima sexta-feira (25), todos os estados tenham recebido suas doses.

“Além disso, já está em execução uma nova compra de 69 milhões de doses que garantirá o abastecimento de vacinas pelos próximos dois anos”, informou a nota. “Isso proporcionou também uma redução de aproximadamente 28% no preço da dose unitária, sendo um dos menores preços do mundo”, completou a pasta, ao citar que os Estados Unidos, por exemplo, pagam até US$ 30 por dose, enquanto o Brasil paga atualmente US$ 7 por dose.

De acordo com o ministério, em 2023 havia desabastecimento generalizado de vacinas no Brasil, incluindo doses pediátricas contra a covid-19, a BCG (contra a tuberculose), a dose contra a hepatite B, a dose contra a poliomielite oral e tríplice viral (contra o sarampo, a rubéola e a caxumba).

“Além de problemas na gestão anterior, algumas dessas vacinas encontram-se em falta no mercado mundial e outras apresentam desafios de produção nacional”, destaca a nota. “Para garantir a vacinação de nossas crianças, algumas vacinas, como a meningo C e a DTP (difteria, tétano e coqueluche) puderam ser substituídas por outras vacinas, como a pentavalente e a meningo ACWY, respectivamente.”

“Em relação à vacina contra a varicela [popularmente conhecida como catapora], foi feita aquisição emergencial de 2,7 milhões de doses e a previsão é que as primeiras remessas cheguem em novembro. Paralelamente, está em curso processo de compra regular. No caso das vacinas contra a febre-amarela, 6,5 milhões de doses devem chegar em novembro”, conclui a pasta.

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