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Áreas de risco: Belém, Parauapebas e Almeirim entre os 20 municípios com maior número

Cerca de 4 milhões de pessoas habitam essas áreas no país

Eduardo Rocha

Levantamento do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) sobre áreas de risco  indica que o Pará é o 5º entre os estados, com 819 locais desse tipo. Áreas de risco correspondem a porções ocupadas do território sujeitas a sofrer perdas ou danos decorrentes da ação de eventos geológicos, como deslizamentos de encostas ou inundações). Entre os 20 municípios com mais áreas assim está Belém na 6ª posição, com 125 áreas; Parauapebas, em 10º lugar, com 91 áreas, e Almeirim, na 18ª posição, com 61 áreas. Foram mapeadas áreas de risco em 1.632 municípios no país; desses municípios, 1.575 são áreas de risco alto e muito alto. São 13,5 mil áres de risco no território nacional, até o momento. 

A estimativa é de que cerca de 4 milhões de pessoas habitam essas áreas. Esses números tendem a aumentar mediante o mapeamento de novos municípios.

O Município de Abaetetuba, que desde domingo (26) é assolado por deslizamento de terra nos bairros São João e São José, figura entre as 819 áreas de risco no Pará, como destaca o geólogo Homero Melo Júnior, gerente de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB-CPRM com sede em Belém. "As áreas levantadas são de risco alto e muito alto, e os levantamentos feitos pelo SGB podem subsidiar os gestores sobre ações visando mitigar eses efeitos, como tem sido feito em municípios do Pará", observou Homero Melo.

Em Belém

Acerca das 215 áreas de risco no Município de Belém, a Prefeitura Municipal destacou que, provocado pela Comissão de Defesa Civil de Belém, o Serviço Geológico do Brasil – CPRM realizou entre os meses de fevereiro e novembro de 2021 o levantamento de áreas com alto ou muito alto risco geológico em Belém, distritos e ilhas. Foram, então, segundo a Prefeitura, identificadas 32 áreas de risco alto e 93 de risco muito alto. O levantamento gerou um mapa entregue pelo Serviço Geológico Nacional à Prefeitura de Belém em 8 de dezembro de 2021.

Das 125 áreas de risco identificadas em toda Belém, 76 correspondem a áreas com risco à inundação e alagamentos e 49 a áreas de risco à erosão costeira.

"Mosqueiro e Outeiro foram os primeiros distritos a receber as equipes do serviço nacional e da prefeitura municipal, no mês de fevereiro. Em Mosqueiro foram identificados 13 pontos com risco de erosão e deslizamento de encosta, localizados nas praias do Ariramba, Baía do Sol, Bispo, Farol, Murubira, Paraíso e Praia Grande. Em Outeiro foi identificado alto risco de inundação na Comunidade Fé em Deus II, no bairro São João do Outeiro, e muito alto risco de erosão e deslizamento na avenida Beira Mar e na praia Belo Paraíso, no bairro Fama", repassou a Prefeitura de Belém.

Todos os pontos mapeados, como informa a gestão municipal estão disponíveis para acesso no site da Defesa Civil: https://defesacivil.belem.pa.gov.br/riscos-geologicos/ Neles contam também o número de pessoas que moravam no local na época do levantamento.

Na avaliação do geólogo Rogério Silva, consultor do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), "Belém tem uma área plana e com baixo gradiente hídrico, porém sua drenagem flui com bastante facilidade, devido aos canais naturais ou artificiais por onde corre a água; Parauapebas fica no sopé da Serra dos Carajás que possui área acidentada, todavia se houvesse uma grande precipitação em Carajás, a água acumulada que descesse rio abaixo passaria a jusante de cidade e do rio Parauapebas; normalmente, os locais propícios a inundações são aqueles que se localizam entre a confluência de duas drenagens; Belém fica entre um rio (Guama) e a Baía do Marajo; talvez o risco Belém seja mais pela carência de saneamento, porém, como já frisado, a drenagem de Belém e eficiente".


Ranking de riscos por Estado:
1 -  Santa Catarina: 2,9 mil
2 -  Minas Gerais: 2,8 mil
3 -  Espírito Santo: 1 mil
4 -  São Paulo: 848
5 -  Pará: 819
6 -  Bahia: 773
7 -  Pernambuco: 666
8 -  Rio Grande do Sul: 663
9 -  Ceará: 415
10 - Maranhão: 370
11 - Amazonas: 361
12 - Rio de Janeiro: 346
13 - Paraná: 210
14 - Alagoas: 206
15 - Paraíba: 184
16 - Acre: 142
17 - Rondônia: 139 
18 - Goiás: 120
19 - Mato Grosso: 110
20 - Piauí: 102 
21 - Sergipe: 95
22 - Rio Grande do Norte: 53
23 - Amapá: 48
24 - Mato Grosso do Sul: 42
25 - Roraima: 33
26 - Distrito Federal: 22
27 - Tocantins: 9

Confira os 20 municípios com mais áreas de risco:
1  - Ouro Preto (MG) - 313
2  - Nova Friburgo (RJ) - 254
3  - Brusque (SC) - 199
4  - Jaboatão dos Guararapes - 193
5  - Joinville (SC) - 140
6  - Belém (PA) - 125
7  - Porto Alegre (RS) - 119
8  - Ipatinga (MG) - 99
9  - Guarulhos (SP) - 91
10 - Parauapebas (PA) - 91
11 - São Luís (MA) - 89
12 - Francisco Morato (SP) - 86
13 - Santa Luzia (MG) - 81
14 - Juiz de Fora (MG) - 80
15 - Angra dos Reis (RJ) - 75
16 - Lages (SC) - 66
17 - João Pessoa (PB) - 64
18 - Almeirim (PA) - 61
19 - Sabinópolis (MG) - 56
20 - Rio Branco (AC) - 56




 

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