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'Arco-Íris da Justiça' é arma contra a violência doméstica

Grupo chega aos 18 anos com ações em defesa de mulheres em situação de violência

Tay Marquioro

Em 2022, a Lei Maria da Penha - principal ferramenta que vigora atualmente no Brasil no enfrentamento à violência contra a mulher - completou 16 anos de criação. E o Arco-Íris da Justiça, um grupo de mulheres engajadas que atua em Marabá e municípios vizinhos, no sudeste do Pará, pode se orgulhar de ser um ferrenho defensor da causa. Criada há 18 anos, a associação nasceu da observação em outros trabalhos realizados junto às comunidades dos bairros Liberdade e Laranjeiras.

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Entre as atividades oferecidas pelo grupo, estão aulas de ginástica, cursos de pintura em tecido, costura criativa, panificação e salgados. As mulheres atendidas pelo Arco-íris da Justiça também têm acesso a consultas médicas e apoio psicológicos com profissionais que atuam de forma totalmente voluntária, além de promover palestras e encontros que discutem as diversas formas de violência praticada contra a mulher.

“Nós tínhamos mulheres que não faziam ideia do que era o artesanato. E nós vimos, pelo incentivo e pelas oficinas, que eram coisas que elas tinham vontade de fazer, mas achavam que elas nunca iam conseguir. Hoje, essas mulheres estão comercializando e vendendo os seus produtos, vivendo da sua renda no artesanato”, conta a professora de costura criativa, Deuzimar Matos.

Adriana Cavalcante é catadora de material reciclável e é um exemplo de mulher que teve a vida transformada pelo apoio que recebeu da associação. Ela encontrou a ajuda que precisava para deixar o relacionamento abusivo no qual vivia e, hoje, usa a sua experiência para ajudar outras mulheres que precisam abandonar o ciclo da violência dentro de casa. “Eu era uma vítima. Hoje, eu posso dizer que sou uma sobrevivente de violência doméstica, de relacionamento abusivo, e tenho minha autoestima restaurada”, revela Adriana. “Agora, eu tenho muito gosto de ajudar a restaurar a autoestima das companheiras que estão ou que saíram dessa situação, mas ainda se sentem desorientadas. Aqui, no grupo, a gente tá disposta a ajudar no que ela precisar”.

 

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