MENU

BUSCA

Após grave acidente com cerol, prefeitura de Parauapebas lança campanha

"Cerol na linha, corte essa ideia" é atrelada à operação "Vida por um fio", da Guarda Municipal, que tem apreendido carretéis de linha com cerol e linhas chilenas

Victor Furtado

No dia 13 de junho, Thalison Melo, de 18 anos, quase morreu ao ter o pescoço cortado por uma linha com cerol ou chilena. Ele estava de moto, na rodovia PA-275, em Parauapebas. Um vídeo com cena chocante foi compartilhado várias vezes, nas rede sociais digitais e chamou a atenção da prefeitura da cidade para o risco desses produtos. Por isso, foi lançada a campanha "Cerol na linha, corte essa ideia!", para desestimular o uso desse tipo de produto. O rapaz, vítima da brincadeira perigosa, está bem. Mas levou 30 pontos no pescoço.

A operação, da Guarda Municipal de Parauapebas, a "Vida por fio", faz parte da campanha. Em quatro dias, foram apreendidos 180 carretéis de linha chilena ou linha comum com cerol. A Esse trabalho conta com a participação do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT), que orienta motociclistas a usarem as antenas de proteção nas motos. No entanto, para ciclistas e pedestres, não é tão simples proteger. Por isso, quem empina pipa deve ficar atento que a brincadeira pode ter consequências graves.

Importante lembrar que se uma pessoa for ferida ou morta por conta de um acidente com cerol, cabe responsabilização criminal de quem já tem mais de 18 anos. Ou dos pais e também registro de ato infracional equivalente aos crimes de lesão corporal ou homicídio, no caso de adolescentes e crianças. Usar cerol ou linha chilena é crime previsto nos artigos 129, 132 e 278 do Código Penal Brasileiro, além do artigo 37 da Lei das Contravenções Penais. Em Belém, no último final de semana, a Guarda Municipal apreendeu 22 carretéis.

Thalison, que motivou a campanha, em entrevista ao jornal Correio de Carajás, disse: "Senhores pais, fiquem de olho nos seus filhos, verifiquem se não tem cerol na linha da pipa que eles brincam”. O jovem também reclamou que a maioria das pessoas que passava pelo local não ajudava. Por outro lado, puxava o celular, imediatamente, para filmar e fotografar. "Se demorasse mais, eu estava morto", disse ao jornal.

Pará