Após cheia histórica, nível do Rio Tocantins começa a baixar em Baião
A redução é de 1 metro e 42 centímetros desde a última sexta-feira (21)
O nível do Rio Tocantins no município de Baião começa a apresentar sinais de baixa da água, hoje (27) está marcando 10 metros e 52 centímetros. A redução é de 1 metro e 42 centímetros desde a última sexta-feira (21). Nessa data o nível do rio chegou a marca dos 11 metros e 94 centímetros, fato que registrou a maior cheia desde 1980.
No último dia 21 o prefeito do município, Lourival Menezes, decretou situação de emergência devido à cheia do Tocantins, na ocasião pediu, por meio de um vídeo gravado e compartilhado nas redes sociais, o apoio do governo do Pará e do governo federal.
De acordo com o gestor, a Defesa Civil municipal constatou que ao menos 19 mil famílias foram atingidas pela cheia. Esse número ainda não foi atualizado pela defesa civil do município.
Desabrigados
No último levantamento da Defesa Civil na cidade, na última sexta-feira (21), houve o registro de 19.650 pessoas afetadas com a subida da água. Dessas, houve um grupo de pessoas desalojadas - 240 famílias estão situadas na sede do município, 4.500 da zona rural e 1.200 ribeirinhos.
“Como as chuvas não param em nosso município, ainda não sentimos a diminuição do nível do rio”, informou o coordenador da defesa civil, Humberto Nunes.
Ainda de acordo com a defesa civil, a maior parte das ocorrências atendidas essa semana são de agricultores que perderam suas plantações.
Situação de emergência
A Prefeitura de Baião decretou situação de emergência na última sexta-feira (21). De acordo com o Decreto Nº 011/2022, houve um agravamento da situação no município no último dia 15 de janeiro, por conta de erosões ocorridas nas principais ruas de acesso às comunidades afetadas e destruição de pontes.
Dentre outras medidas que estão sendo tomadas, a prefeitura está fazendo o levantamento das famílias desabrigadas para verificar a possibilidade de incluí-las no Programa Recomeçar, do governo do Estado, que oferece, em parcela única, o benefício de um salário mínimo (R$ 1.212,00) às pessoas gravemente afetadas por desastres naturais no primeiro semestre deste ano.