Ações de prevenção marcam o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais
A data é comemorada neste domingo (28), quando acontecem ações em Belém e Mosqueiro
Neste domingo (28) é comemorado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. Em 17 anos, de 2000 a 2017, foram 1.314 que pessoas morreram vítimas das hepatites virais no Pará do total de 70.671 em todo o Brasil. Já nos últimos 19 anos, de 1999 a 2018, o Estado teve 14.314 casos confirmados de hepatites A, B, C e D da totalidade de 632.814 registrada no País.
Ainda hoje no Brasil mais de 500 mil pessoas convivem com o vírus C da hepatite no Brasil e ainda não sabem, uma vez que a doença é silenciosa e geralmente não apresenta sintomas até que atinja maior gravidade.
Para ajudar no combate à doença, ocorre no Brasil a campanha Julho Amarelo. A Sociedade Brasileira de Hepatologia abraça a campanha e promove ação de testagem rápida no Teatro da Paz, na avenida Presidente Vargas, em Belém, neste domingo (28), das 8h às 17h.
Especialistas e profissionais da área da saúde vão atender a comunidade e realizam exames com resultados em poucos minutos, além de triagem, atendimento médico e orientações sobre as doenças.
Pessoas com resultado positivo (reagente) para a hepatite B ou C serão encaminhadas instantaneamente a centros de referência em hepatologia para exames. Serão ainda acompanhadas por uma Organização Não-Governamental para iniciar o tratamento adequado.
Ainda como parte de Julho Amarelo, neste domingo, a Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) apoia a Parada do Movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Intersexuais (LGBT), em Mosqueiro, com ação de prevenção.
Tipos da doença
Segundo especialistas, as hepatites virais são doenças infecciosas causadas por vírus que comprometem a saúde e o funcionamento do fígado, principalmente, além de comprometer outros órgãos da pessoa. Existem três tipos mais frequentes da doença, transmitidas o todo tempo: A, B e C.
A hepatite A é a mais comum e transmitida por água e alimentos contaminados e por meio do convívio íntimo entre os casais, e também por meio de objetos contaminados sendo este menos frequente.
Já as hepatites B e C são transmitidas por meio de fluídos orgânicos. A doença tipo B poder ser transmitida por todos eles incluindo a saliva, como pelo beijo, e pelo contato sexual, objetos contaminados com sangue, por exemplo, material de manicure e de tatuador, como alicate, agulha, seringa e outros.
A hepatite C é transmitida, principalmente, através de sangue. Ambas (B e C) são mais perigosas do ponto de vista do número de pessoas comprometidas e têm característica silenciosa, pois a pessoa não percebe que está doente, mas está destruindo seu fígado de forma lenta e transmitindo a doença para outras pessoas.
A ação sem a manifestação de sintomas pode ocorrer por décadas e, quando o diagnóstico é feito tardiamente, o paciente pode apresentar quadro avançado de cirrose ou câncer no fígado.
Sintomas
Os sintomas podem surgir de 15 a 45 dias após contato com o vírus e, geralmente, causam pele e olhos amarelados, além de urina escura e fezes claras.
Prevenção
A principal e mais segura forma de evitar as hepatites é por meio da vacinação. Há vacina contra a hepatite B disponível nos postos de saúde para pessoas de todas as idades. Além de vacina contra a hepatite A para crianças de 12 meses até cinco anos. Quem toma vacina contra a hepatite B fica protegido com a hepatite D. Ainda não existe vacina contra a hepatite C. Além disso, a vacina para A e B estão disponíveis na rede privada.
Em Belém, o teste rápido para hepatites virais, em especial B e C, está disponível no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado na avenida Tamandaré, nas Unidades Municipais de Saúde (UMS) e nas Estratégias Saúde da Família (ESF). A descentralização deste serviço reforça o trabalho da Sesma para a notificação, diagnóstico e tratamento dos casos de hepatites virais.
As vacinas estão disponíveis para hepatite B nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). É necessário tomar as três doses da vacina. Apenas uma dose não imuniza o usuário.