Países da Celac apoiam candidatura de Belém como sede da COP-30

O presidente elegeu Belém como a capital para receber o evento e busca o apoio da ONU para que o país seja a sede do encontro

O Liberal

Em declaração emitida ao final da 7ª Cúpula da Celac, realizada em Buenos Aires nesta terça-feira (24), os 33 países integrantes da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) manifestaram apoio à candidatura brasileira para sediar a Cúpula do Clima (COP-30) das Nações Unidas, na Amazônia, em 2025. O presidente Luís Inácio Lula da Silva, que esteve presente na reunião, busca o apoio da ONU para que o País seja a sede do encontro. A sede da conferência será escolhida neste ano, durante a realização da COP-28, em dezembro, nos Emirados Árabes.

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A proposta foi lançada por ele antes mesmo de assumir o atual mandato, durante a COP27, realizada no ano passado na cidade de Sharm El Sheikh, no Egito. Já empossado, em 12 de janeiro, dia em que a capital paraense comemorou seus 407 anos de fundação, formalizou Belém como cidade-sede do evento. O pedido de apoio feito às demais nações da Celac serviu também para verificar se havia outros interessados no pleito entre os integrantes da comunidade.

Na declaração, os países participantes da conferência saudaram a candidatura da capital paraense, o que foi interpretado como um sinal positivo pelo governo brasileiro. "O apoio que estamos recebendo dos países da Celac é indispensável para que possamos mostrar ao resto do mundo a riqueza de nossa biodiversidade, o potencial do desenvolvimento sustentável e da economia verde, além, é claro, da importância de preservação do meio ambiente e do combate à mudança do clima”, declarou o presidente no discurso de abertura do encontro, que marcou o retorno do Brasil ao mecanismo de coordenação multilateral.

A presidência da COP do Clima tem rotatividade regional e volta a ser de um país latino-americano em 2025. Durante o governo Jair Bolsonaro, o Brasil desistiu de receber a COP-25, em 2019. O Chile assumiu a organização, mas ela foi transferida para Madri, na Espanha, por causa de protestos sociais que causavam insegurança no país andino. Outros países como Colômbia e Costa Rica também assumiram mais posições de protagonismo nas discussões climáticas, no vácuo deixado por Bolsonaro.

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