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Repórter da Globo diz que comeu em abrigos e fez faxina para se formar

Valéria de Almeida emocionou o público ao contar sua trajetória de superação no 'Encontro', com Fátima Bernardes

Com informações do Metrópoles

A repórter e apresentadora da Globo Valéria Almeida emocionou e inspirou a todos no 'Encontro', desta segunda-feira (08), ao contar sua trajetória de superação para conquistar o tão sonhado diploma de jornalismo.

Atualmente no “É De Casa”, da Globo, a apresentadora afirmou que se sente inspirada em contar a história para que outras pessoas também encarem o ensino superior como um sonho possível.

“Quando a gente está em um posto como o que eu ocupo hoje, parece que a gente já nasceu assim. Eu perdi a minha mãe quando eu tinha 10 anos e o meu pai tinha 34 anos e não conseguiu se estruturar e ficar com a gente. Eu fui criada pelos meus avós maternos e eles não tiveram condições de estudar”, iniciou.

“A minha avó já adulta estudou até a quarta série e ela falava para mim: ‘Filha, eu estudei só até o Mobral então presta atenção na escola porque quando você tiver aquelas contas muito grandes eu não vou conseguir te ajudar”, contou. O Mobral é um órgão do governo brasileiro que tinha como o objetivo a alfabetização de pessoas adultas entre 1971 e 1985.

“E quando a minha mãe morreu eu já estava na quarta série então a partir daquele ano eu estava amparada pela minha família, mas eu sabia que era uma luta que eu precisaria traçar de uma forma muito solitária. Eu voltava para casa e estudava ensinando a minha avó. E a minha avó dizia que se eu quisesse ser livre de verdade eu tinha que estudar.”

Valéria contou que um dos maiores obstáculos era o financeiro. “Passei muito tempo desempregada, acumulei muita dívida com a faculdade. Eu ia para a faculdade com a passagem que os meus professores davam, eu comia em um albergue com pessoas em situações de rua e não contava para a minha avó porque eu fazia com que ela acreditasse que eu estava dando conta, porque não queria que ela tivesse preocupação”, lembra.

As dívidas eram tantas que quase a impediram de concluir o curso. “Eu cheguei no último ano da faculdade e fui convidada a me retirar porque eu tinha uma dívida muito grande. Faltavam seis meses para me formar. E aí eu saí, trabalhei, fiz faxina e voltei e paguei a minha dívida.”

 

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