Nego Di é condenado por difamação e injúria contra deputada Luciana Genro
Influenciador pode pegar pena de um ano, um mês e dois dias de detenção, além de R$ 10 mil de indenização
O influenciador e humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, foi condenado na última sexta-feira (23) pela 4ª Vara Criminal do Foro Central da Comarca de Porto Alegre por difamação e injúria contra a deputada Luciana Genro. A sentença determinou uma pena de um ano, um mês e dois dias de detenção em regime aberto, convertida em prestação de serviços comunitários e pagamento de multa equivalente a cinco salários mínimos.
A condenação se deu por conta de um vídeo publicado no canal de YouTube de Nego Di em 11 de março de 2020, onde o humorista fez uma série de comentários ofensivos, chamando a deputada de "velha sem vergonha" e "maconheira". A parlamentar apresentou uma queixa-crime, alegando que as declarações feriram diretamente sua honra e imagem pública.
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Apesar da defesa de Nego Di argumentar que as declarações faziam parte de uma tentativa de humor, o tribunal entendeu que as palavras ultrapassaram os limites da liberdade de expressão, configurando injúria e difamação.
Além da pena principal, o influenciador foi condenado ao pagamento de uma multa adicional, fixada em 20 dias-multa, com cada dia valendo um décimo do salário mínimo vigente na época dos fatos. Nego Di também foi condenado a pagar R$ 10.000,00 em indenização por danos morais à deputada, com correção monetária e juros.
Outros problemas judiciais
Nego Di, que já enfrentou outras sanções judiciais por disseminação de fake news, encontra-se preso preventivamente em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, desde 14 de julho. Ele e um sócio, Anderson Bonetti, são investigados por estelionato, acusados de abrir uma loja online que vendia produtos que nunca foram entregues aos consumidores.
A Justiça do Rio Grande do Sul já havia ordenado, em maio deste ano, a exclusão de postagens do influenciador nas quais ele fazia acusações falsas sobre a atuação das autoridades durante enchentes na Região Metropolitana de Porto Alegre. Na ocasião, o Tribunal proibiu Nego Di de repetir tais afirmações, sob pena de multa de R$ 100 mil.
*(Hannah Franco, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com)
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