Venezuela prende 32 acusados de 'traição à pátria' por supostas conspirações contra Maduro
Procurador-geral garante à imprensa que todos os detidos 'confessaram'
O Ministério Público da Venezuela anunciou nesta segunda-feira (22) a prisão de 32 pessoas, incluindo civis e militares, sob a acusação de "traição à pátria" e envolvimento em cinco supostas conspirações para assassinar o presidente Nicolás Maduro, com alegado apoio dos Estados Unidos.
O procurador-geral, Tarek William Saab, declarou à imprensa "todos os detidos estão condenados, confessaram e revelaram informações sobre os planos contra a maioria do povo venezuelano e a sociedade democrática". Ele enfatizou que não haverá "contemplações legais" e jurídicas para os envolvidos.
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Mandados de prisão foram emitidos para outras 11 pessoas
As supostas conspirações foram detalhadas por Saab, sendo reveladas ao longo de 2023 e no início de 2024. Mandados de prisão foram emitidos para outras 11 pessoas, incluindo ativistas de direitos humanos, jornalistas e soldados exilados. O ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, também foi apontado como alvo do plano.
Padrino destacou que as operações contra as conspirações foram mantidas em sigilo devido às "conversas" entre Maduro e os Estados Unidos. Ele atribuiu a responsabilidade pelos planos à "extrema direita venezuelana", termo frequentemente utilizado pelo governo para se referir à oposição, com alegado "apoio" da CIA e da Agência Americana Antidrogas (DEA).
O presidente Maduro, potencial candidato à reeleição em 2024, costuma denunciar regularmente planos de conspiração para derrubá-lo, atribuindo a responsabilidade aos EUA, à oposição e a narcotraficantes colombianos. Estas conspirações foram comunicadas por Maduro ao Parlamento em 15 de janeiro, durante a apresentação de seu relatório.