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Venezuela: mais de 600 são detidos por denúncias de saques no comércio

O governo Nicolás Maduro determinou a liberação de crédito aos proprietários dos 102 estabelecimentos que foram saqueados

Agência Brasil

Mais de 600 pessoas foram detidas por denúncias de envolvimento em saques de estabelecimentos comerciais no estado venezuelano de Zúlia (oeste do país), que continua às escuras desde o "apagão" de 7 de março.

"Contabilizam-se 602 pessoas detidas, 102 estabelecimentos comerciais e seis centros comerciais afetados", disse o ministro venezuelano de Interior, Justiça e Paz. Segundo Néstor Reverol, desde o "apagão" houve "uma série de atos de vandalismo" e estão sendo apuradas "as responsabilidades diretas e indiretas" dos detidos.

O ministro disse que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinou a liberação de crédito aos proprietários dos 102 estabelecimentos que foram saqueados.

Os créditos, disse, servirão para recuperar o que foi perdido e voltar a empreender.

A Venezuela esteve às escuras durante uma semana, por causa de uma avaria na Central Hidrelétrica de El Guri, a principal do país, que afetou ainda dois sistemas secundários e a linha central de transmissão.

O "apagão" ocorreu na tarde de 7 de março e levou à suspensão das aulas e de atividades profissionais.

Os venezuelanos voltaram ao trabalho na última quinta-feira (14), e a volta às aulas está prevista para segunda-feira (18).

O governo venezuelano anunciou que o sistema estava totalmente recuperado, mas ainda há "apagões" em várias regiões do país, inclusive na capital.

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