Vacina contra o câncer estará disponível até 2030, afirma BioNTech
Atualmente, a farmacêutica está em uma fase avançada de testes clínicos de versões do imunizante
Os fundadores da empresa farmacêutica BioNTech (uma das responsáveis pelo imunizante contra a covid-19) anunciaram no último domingo (16) que as vacinas da companhia destinadas ao tratamento de câncer estarão disponíveis para uso em menos de 10 anos. As informações são do portal Metrópoles.
“Nosso objetivo é usar a abordagem de vacina individualizada para garantir que os pacientes recebam uma dosagem personalizada que induza uma resposta imune logo após a cirurgia. Isso fará com que as células T, responsáveis pela defesa do corpo, consigam rastrear as células tumorais restantes e, idealmente, as eliminem” , explicou Ugur Sahin, que além de CEO da farmacêutica alemã é pesquisador em oncologia, em entrevista ao programa de TV da BBC Sunday with Laura Kuenssberg.
Atualmente, a BioNTech está em uma fase avançada de testes clínicos de versões do imunizante focadas no câncer colorretal, câncer de pele melanoma, e câncer de cabeça e pescoço. Outros imunizantes, que visam o tratamento de câncer de ovário, de próstata e de tumores sólidos, estão em fase inicial de teste em humanos.
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RNA mensageiro
Quando a BioNTech foi fundada, em 2008, o casal de cientistas Ugur Sahin e Özlem Türeci pesquisou principalmente na tecnologia que utiliza RNA mensageiro (RNAm).
“A tecnologia de RNAm possibilita que você diga ao corpo como produzir o medicamento ou a vacina. Quando você usa o RNAm como uma vacina, ele serve como um manual para elaborar o ‘cartaz de procurado’ do inimigo. Neste caso, os inimigos são os antígenos de câncer que distinguem as células cancerosas das células normais”, explicou Türeci, que é imunologista.
Se as vacinas de RNA mensageiro provarem ser efetivas contra os tumores, elas serão um tipo de tratamento menos invasivo para o tratamento do câncer e, possivelmente, para terapias contra doenças virais como o HIV e a zika.
(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).
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