Ucrânia consegue incendiar navio-símbolo da Rússia no Mar Negro
Governo de Vladimir Putin reconhece baixa e evacuação de cruzador
Mísseis ucranianos atingiram, quinta-feira (14), um cruzador Moskva, no Mar Negro. No mesmo dia, a Rússia acusa a Ucrânia de bombardear cidades russas próximas à fronteira. As informações são da AFP.
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Segundo o Comitê de Investigação da Rússia, dois helicópteros ucranianos "equipados com armamento pesado" teriam entrado na Rússia e realizado "ao menos seis disparos contra edifícios residenciais da cidade de Klimovo", na região de Bryansk, que fica próxima da fronteira ucraniana.
Sete pessoas, entre elas um bebê, sofreram ferimentos "de diversa consideração", segundo a fonte. Essas acusações, no entanto, não puderam ser verificadas de forma independente.
Kiev, por sua vez, rechaçou essas afirmações, acusando a Rússia de realizar "ataques terroristas" na região fronteiriça para alimentar a "histeria antiucraniana".
O Ministério da Defesa da Rússia confirmou o incêndio e evacuação do cruzador Moskva, no Mar Negro, o navio-símbolo da Rússia.
O navio lança-mísseis de 186 metros de comprimento ficou "gravemente danificado" por um incêndio causado por uma explosão de munições e sua tripulação de mais de 500 homens teve que ser evacuada, segundo o ministério. Mais tarde, garantiu que o fogo havia sido contido e que não havia mais explosões. O barco "mantém sua flutuabilidade", acrescentou.
As autoridades ucranianas afirmaram que o Moskva foi atingido por "mísseis Neptune", o que provocou "importantes danos neste navio russo", segundo o governador de Odessa, Maxim Marchenko.
O Moskva começou suas operações na era soviética, em 1983, e participou da intervenção russa na Síria a partir de 2015.
Kiev
Moscou ameaçou atacar Kiev se ocorrerem "tentativas de sabotagem e bombardeios das forças ucranianas contra posições no território da Federação da Rússia", conforme denunciou o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov.
Desde o início da guerra, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, se mantém entrincheirado com sua administração no centro da capital, de onde não deixa de reivindicar aos países ocidentais o envio de armamento pesado para resistir à ofensiva russa.