Trump descarta promessas de segurança para a Ucrânia e união a Otan
Republicano afirma que cabe à Europa fornecer garantias de segurança à Ucrânia
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (26) que cabe à Europa fornecer garantias de segurança à Ucrânia e descartou que o país possa se unir à Otan, às vésperas da visita do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, a Washington.
"Não vou oferecer garantias de segurança que vão além do estritamente necessário", disse Trump em uma reunião de gabinete. "Vamos deixar que a Europa faça isso porque (...) a Europa é sua vizinha, mas vamos garantir que tudo saia bem", acrescentou.
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O líder norte-americano resiste à pressão dos europeus para que os Estados Unidos concedam garantias de segurança em um eventual processo de paz entre Kiev e Moscou. Dirigindo-se a jornalistas durante a primeira reunião de gabinete do atual mandato, Trump confirmou que Zelensky o visitará na sexta-feira (28) para assinar um acordo sobre a exploração de terras raras na Ucrânia. "Será um grande acordo para a Ucrânia também", disse Trump no início da reunião na Casa Branca.
"Estaremos no território e, dessa forma, é uma espécie de segurança automática, porque ninguém vai se meter nisso com nossa gente lá", acrescentou Trump, descartando qualquer garantia formal de segurança.
Quando questionado sobre quais concessões faria para encerrar a guerra, Trump descartou que a Ucrânia faça parte da Otan. "Podem esquecer a Otan", disse Trump. "Acho que essa é provavelmente a razão pela qual tudo começou", acrescentou o presidente norte-americano, repetindo a postura da Rússia sobre o que motivou o início da guerra.
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O ex-presidente Joe Biden apoiava que a Ucrânia se tornasse membro da Otan, mas sem oferecer um prazo para isso. O Conselho de Segurança da ONU aprovou, na segunda-feira (24) um projeto de resolução apresentado pelos Estados Unidos sobre a Ucrânia, no qual não há condições para um acordo de paz nem menção à integridade territorial. A proposta recebeu o apoio da Rússia e da China.
"Vamos fazer tudo o que pudermos para conseguir o melhor acordo possível para ambas as partes (...)", disse Trump, destacando a intenção de que Kiev "possa recuperar o máximo possível" de território.
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