Só pagando: Twitter remove selo azul de verificação de usuários e rótulos de ‘afiliado ao Estado’
Elon Musk oferece a assinatura do Twitter Blue por oito dólares mensais
Elon Musk oferece a assinatura do Twitter Blue por oito dólares mensais
O Twitter iniciou na quinta-feira (20) uma grande remoção do selo azul de verificação de usuários, incluindo contas de celebridades, políticos, jornalistas e meios de comunicação.
A medida cumpre o aviso do dono do Twitter, Elon Musk, de retirar o selo de quem não pagasse por ele. Desde que comprou o Twitter por US$ 44 bilhões em outubro de 2022, Musk tem criticado o selo de verificação e ofereceu a assinatura do "Twitter Blue" por oito dólares mensais (pouco mais de R$ 40), com supostas outras vantagens, como mais visibilidade e privilégios técnicos.
O selo azul é usado principalmente por personalidades públicas e é considerado um símbolo de credibilidade. No entanto, agora é destinado apenas a quem paga pela assinatura do "Twitter Blue". Alguns usuários ainda possuem o selo azul, mesmo sem assinatura, pois Musk afirmou que está pagando pessoalmente por algumas assinaturas, incluindo para o ator William Shatner, o astro do basquete LeBron James e o escritor Stephen King.
No Brasil, o influencer Felipe Neto fez uma postagem em que avisava ter perdido o selo porque não pagaria o valor pedido por Musk.
Além da remoção do selo azul, o Twitter também retirou os rótulos de "afiliado ao Estado" e "financiado pelo governo" de contas de diversos meios de comunicação. A mudança foi elogiada em alguns setores, mas também gerou controvérsias. O Twitter há muito tempo rotulou contas vinculadas à mídia estatal ou a funcionários do governo, principalmente da China e da Rússia. Recentemente, no entanto, aplicou esses rótulos a veículos de notícias que receberam financiamento público, mas não são controlados por nenhum governo. Depois disso, a rádio americana NPR parou de usar o Twitter e a emissora canadense CBC fez o mesmo.
Não ficou claro por que alguns rótulos cinzas foram removidos, mas a mudança afetou contas da agência oficial de notícias chinesa Xinhua, da russa RT e da espanhola RTVE, entre outras. A remoção dos rótulos pode afetar a credibilidade desses veículos, pois o selo era considerado um símbolo de transparência e independência.
Entre os políticos, muitos perderam o selo azul, mas alguns mantiveram a marca cinza, reservada às contas do governo ou de certas organizações. É o caso de Kevin McCarthy, líder dos republicanos na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, continuou com o selo cinza.
A medida do Twitter pode ter impactos na dinâmica das redes sociais, especialmente na forma como o público percebe a credibilidade das contas verificadas. A remoção dos rótulos de "afiliado ao Estado" e "financiado pelo governo" também pode gerar controvérsias sobre a transparência e independência dos meios de comunicação.
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Ainda não se sabe como a remoção dos selos de verificação e rótulos de credibilidade afetará o uso do Twitter por personalidades públicas e organizações, mas é certo que essa medida altera significativamente a dinâmica da plataforma.